A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na manhã desta terça-feira (28), seis suspeitos de integrar uma quadrilha que usa aplicativos de mensagens para traficar drogas para outros estados. Um outro homem também foi preso pelos policiais por quebrar o próprio celular na chegada dos agentes.
Ao todo, agentes da 48ª DP
(Seropédica) saíram para cumprir sete mandados de prisão e 50 de busca e
apreensão em todo o estado. O único que não foi preso até 12h30 é Vitor
Pacheco.
Os presos vão responder pelos
crimes de tráfico de drogas e associação ao tráfico.
De acordo com as investigações da
Operação Hash - termo em inglês que significa haxixe - a maioria dos
integrantes do grupo tem idade entre 25 e 30 anos. Eles usam aplicativos de
mensagens e conversas privadas em redes sociais para vender os entorpecentes.
O grupo enviava drogas, como
haxixe e maconha, para vários pontos do país usando pacotes de encomendas
comuns dos Correios e de transportadoras privadas. Os agentes contam que eles
enviaram o material ilegal para Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e
Distrito Federal, por exemplo.
"Eles utilizam empresas de
transporte para encaminhar drogas para todo o país. Há comprovantes, nos autos,
de drogas sendo enviadas para São Paulo, Jundiaí, uma cidade no maranhão, uma
cidade do sul do país. Eles conseguem pulverizar as vendas através de empresas
de transportes", disse o delegado Vinícius Miranda.
Os Correios informaram que
trabalham em parceria com órgãos de segurança pública e fiscalização e que
fazem ações rotineiras para prevenir o envio de itens proibidos no serviço
postal. A empresa afirmou que tem feito investimentos em ações preventivas para
aumentar a integridade do serviço.
Os policiais contam que os
investigados possuíam uma estufa no Estado do Rio de Janeiro, onde cultivavam
as drogas e anunciavam a venda em aplicativos como Whatsapp, Instagram e
Telegram.
Organização
A investigação do grupo durou
cerca de dois anos. O homem apontado como líder do grupo, Éricks Iônio
Costa Botelho, o Rex, foi preso em Vila Valqueire na manhã
desta terça.
João Victor Soares da Silva,
conhecido como Bart, era o braço direito de Rex, segundo os
policiais. Ele era responsável pela entrega e envio das drogas pelos Correios e
transportadoras e recebia uma comissão para isso.
Os investigadores também afirmam
que Júlio César da Silva Barbosa, o Julinho, cuidava da
estufa mantida pela quadrilha e também trabalhava no envio do material ilegal.
Fábio Roberto Lélis Dias,
o Fabinho; Vitor dos Santos Pacheco; Lucas Alberto
de Brito Camerieri, o Foca; e Erika Costa, que é
mãe de Rex, líder da quadrilha, atuavam no armazenamento e envio dos
entorpecentes.
Um outro homem, Eduardo
Dannemann Guterres, de 25 anos, um dos alvos de busca e apreensão, quebrou
o telefone celular quando os agentes faziam buscas em sua residência, em
Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Os policiais afirmaram que, por conta disso,
ele foi preso pelos agentes e levado para a Cidade da Polícia. Os agentes
também encontraram MDMA no imóvel.
Os presos foram levados para a
Cidade da Polícia, na Zona Norte do Rio.
O RJ1 entrou em contato com a
defesa de Lucas Alberto, mas não teve retorno. As defesas dos outros envolvidos
não foram localizadas.
Por Lucas Madureira e Márcia
Brasil, Bom Dia Rio
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!