Ex-comandante do Exército afirma,
em nota divulgada na tarde desta terça-feira, 15, que atos que ocorrem em ao
menos 12 Estados também são motivados por ‘dúvidas sobre o processo eleitoral’
Ex-comandante do Exército,
o general Eduardo Villas Bôas afirmou que os grupos que
se manifestam em ao menos 12 Estados neste feriado de Proclamação da República
protestam contra “atentados à democracia” e em razão de “dúvidas sobre o
processo eleitoral”. “Com incrível persistência, mas com ânimo absolutamente
pacífico, pessoas de todas as idades, identificadas com o verde e o amarelo que
orgulhosamente ostentam, protestam contra os atentados à democracia, à
independência dos poderes, ameaças à liberdade e dúvidas sobre o processo
eleitoral”, diz em nota divulgada na tarde desta terça-feira, 15. “O inusitado
diante dos movimentos foi produzido pela indiferença da grande imprensa. Talvez
nossos jornalistas acreditem que ignorando a movimentação de milhões de pessoas
elas desaparecerão. Não se apercebem eles que ao tentar isolar as manifestações
podem estar criando mais um fator de insatisfação”, acrescenta em outro trecho.
Como
a Jovem Pan mostrou, as manifestações contra a volta do presidente
eleito Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) ao poder e ministros do Supremo Tribunal
Federal (STF)
ocorrem em diversas regiões do país. Atos acontecem desde o início do dia em ao
menos 11 Estados e no Distrito Federal: Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo,
Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Pará, Bahia,
Goiás e Mato Grosso do Sul. Na capital paulista, o grupo se concentra em frente
ao Círculo Militar, na região do Ibirapuera, na zona sul do Estado, e exibem faixas
com dizeres “a nação brasileira implora por socorro” e “SOS Forças Armadas”. Em
Brasília, manifestantes pedem o que chamam de “intervenção federal” e gritam
palavras de ordem como “Supremo é o povo”. A Secretaria de Segurança Pública do
DF bloqueou o fluxo de veículos na Esplanada dos Ministérios para impedir
a entrada de pedestre à Praça dos Três Poderes, onde fica o prédio do STF. A
medida tem como objetivo impedir que os caminhões concentrados ao lado do
Quartel General do Exército consigam se locomover até a Corte e travar o acesso
à região.
O STF, presidido atualmente pela
ministra Rosa Weber, tem sido um dos principais alvos dos grupos, que
questionam a condução do processo eleitoral e algumas decisões do Judiciário,
como o bloqueio de perfis de parlamentares nas redes sociais. Em evento do
Grupo Lide Brasil, em Nova York, nos Estados Unidos, magistrados criticaram as
manifestações que ocorrem no Brasil desde a proclamação da vitória do
presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Os episódios de intolerância
que hora assistimos inspiram a tomada de atitude que deverá ser levada efeito
em cada esfera competente, mas também impele refletir de que forma as
instituições poderão tratar expectativas sociais frustradas. Sendo mais direto,
é preciso indagar se há algo mais por trás dos discursos lunáticos e histéricos
que pedem intervenção militar e a prisão do inventor da tomada de três pinos”,
afirmou Gilmar Mendes. Em seu perfil no Twitter, o ministro Alexandre de
Moraes, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse que o
Brasil “merece paz, serenidade, desenvolvimento e igualdade social”. “O povo se
manifestou livremente e a Democracia venceu!!! O Brasil merece paz, serenidade,
desenvolvimento e igualdade social. E os extremistas antidemocráticos merecem e
terão a aplicação da lei penal”, diz a íntegra da publicação.
— General Villas Boas (@Gen_VillasBoas) November 15, 2022
Por Jovem Pan
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