Sebastião Coelho, desembargador aposentado e ex-vice presidente do TRE-DF participou do programa Direto ao Ponto desta segunda-feira. Reprodução/ Youtube
Durante o programa ‘Direto ao
Ponto’, Sebastião Coelho revelou o motivo de ter antecipado sua aposentadoria,
falou sobre eleições e STF
Nesta segunda-feira, 26, o
desembargador e ex-vice presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE)
do Distrito Federal, Sebastião Coelho, participou do programa Direto ao
Ponto para falar sobre o STF e
as eleições 2022. No início da conversa, Coelho explicou o porquê adiantou a
sua aposentadoria em dois anos. “Estou absolutamente decepcionado com o
Supremo, eu e 80% dos juízes e desembargadores do Brasil. Uma grande maioria
são revoltados [além de decepcionado]. Os juízes hoje não são mais respeitados
como eram antigamente, porque o cidadão comum vê o juíz de 30 e poucos anos com
a perspectiva que ele é igual ao STF e nós não somos. O juíz de 1ª instância
está preocupado com a cidadania e não concorda em absoluto com o Tribunal
Superior. Eu poderia falar como juíz isso? Não, porque está no regulamento e
seria punido. A minha permanência na magistratura seria de sofrimento, eu não
trabalharia com a alegria que sempre trabalhei”, disse. Questionado se é possível
haver uma mudança nesse cenário no futuro, o desembargador respondeu. “Não
abandonaria minha carreira para ter voz em vão. Poderia fazer um requerimento e
ir embora. O STF, que é o guardião da Constituição, ele se tornou o fator de
insegurança jurídica. Costuma-se dizer que o STF são 11 tribunais, cada
ministro é o seu tribunal. Antigamente, quando proferíamos uma decisão
colocávamos a jurisprudência do Tribunal com tranquilidade, mas hoje não
sabemos mais qual é a jurisprudência do país, cada caso tem uma resolução. É
preciso dizer aos ministros que eles não estão agradando à comunidade jurídica,
aos juízes e aos cidadãos”, completou.
Por Jovem Pan
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