O crime ocorreu na quinta-feira 23, em São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte
Uma mulher de 41 anos foi assassinada com golpes de foice em um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O crime ocorreu na quinta-feira 23, em São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
De acordo com o boletim
registrado pela Polícia Militar (PM), Edneia Ribeiro dos Santos mantinha um
relacionamento amoroso com o autor do assassinato, Paulo Roberto Pinto. A
vítima estava no assentamento havia cerca de dois anos e morava com o companheiro
desde o ano passado.
As testemunhas disseram aos
policiais que Paulo teria pegado uma foice e golpeado a mulher. Ele deixou a
arma próximo ao local do assassinato e fugiu.
Quando a corporação foi acionada,
a vítima já tinha sido levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São
Joaquim de Bicas. No local, os policiais foram informados de que Edneia morreu
em razão dos ferimentos. Ela apresentava cortes profundos no braço direito, nas
costas e na região cervical.
A decadência do MST
As invasões de propriedades
rurais aterrorizaram os brasileiros por décadas. Nos telejornais, os cidadãos
se acostumaram a assistir às cenas de militantes com camisetas vermelhas e
foices nos punhos ocupando fazendas, chácaras e granjas. Incêndios de
plantações e destruições de lavouras se tornaram práticas comuns desses grupos.
Mas o cenário agora é outro.
Segundo o Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (Incra), 11 invasões de fazendas foram
registradas no país no ano passado. Em 2020, foram apenas seis. No ano
anterior, sete. Trata-se dos menores números verificados desde 1995, quando o
Incra passou a organizar as estatísticas.
Nos dois mandatos de Fernando
Henrique Cardoso (PSDB), os sem-terra invadiram quase 2,5 mil fazendas. A
administração de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou cerca de 2 mil
invasões. Na era Dilma Rousseff (PT), por sua vez, houve menos de mil crimes
dessa natureza. Os números mostram que o atual governo, liderado por Jair Bolsonaro (PL),
apresenta um desempenho melhor até mesmo que o verificado na gestão de Michel
Temer (MDB), que durou de agosto de 2016 a dezembro de 2018: foram 54 invasões
durante o tempo em que o emedebista esteve à frente do Palácio do Planalto,
enquanto nos últimos quase quatro anos elas não passaram de 15.
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