Assim que o governador Kevin
Stitt assinar documento, essa será a lei mais restritiva do país
A Câmara dos Representantes de
Oklahoma, Estados
Unidos, ratificou nesta quinta-feira, 19, uma lei que proibirá
qualquer aborto desde
a fertilização e que entrará em vigor no momento em que o governador,
republicano Kevin Stitt, a assinar. Stitt já anunciou que assinará qualquer
restrição ao aborto que chegue à sua mesa, em meio à polêmica sobre o vazamento
da minuta da decisão da Suprema
Corte do país que revogaria a proteção federal desse direito reprodutivo.
A mídia americana aponta que, se aprovado, o novo texto de Oklahoma se
tornará a regra antiaborto mais restritiva do país. A lei proíbe qualquer
aborto, exceto quando a vida da mãe estiver em perigo, ou quando a gravidez for
resultado de estupro ou incesto. Além disso, seguindo a linha da polêmica lei
contra o aborto aprovada no ano passado no Texas, a nova regra permite que os
cidadãos denunciem qualquer empresa ou pessoa que auxilie uma mulher na
interrupção de sua gravidez. Em um comunicado, a porta-voz da Casa Branca, Karine
Jean-Pierre, chamou a iniciativa de “esforço mais extremo” realizado até hoje
por um estado para restringir o direito ao aborto.
Além disso, considerou que a
iniciativa faz parte de uma ofensiva contra o direito ao aborto promovida por
“políticos ultra MAGA”, sigla para “Make America Great Again” (“Vamos tornar os
EUA grandes novamente”), o slogan da campanha do ex-presidente Donald Trump
(2017-2021). Oklahoma já tem uma lei em vigor que, como no Texas, proíbe
abortos a partir das primeiras seis semanas de gravidez. Além disso, outra
norma assinada pelo governador em abril e que entrará em vigor nos próximos
meses proíbe qualquer interrupção da gravidez, exceto para salvar a vida da
mãe. Vários estados republicanos, incluindo Oklahoma, também prepararam leis
que entrarão em vigor quando a decisão final da Suprema Corte for conhecida,
também nos próximos meses. Embora o tribunal tenha esclarecido que a minuta
vazada para a imprensa não é “definitiva”, tudo indica que o principal órgão
judicial do país se pronunciará contra o famoso julgamento “Roe vs. Wade”, que
desde 1973 protege o direito de interromper a gravidez em nível federal. Se
isso acontecer, os estados que desejarem terão liberdade para aprovar o veto ao
aborto em seu território.
Por Jovem Pan
*Com informações da EFE
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!