Tecnologia visa ajudar a China a atingir a neutralidade
de carbono. REPRODUÇÃO: TWITTER / @XHNEWS
Reator de
fusão se manteve a 120 milhões de graus Celsius por 101 segundos e a 160
milhões de graus Celsius por 20 segundos
A China atingiu um novo recorde mundial ao manter seu reator de fusão Tokamak: Supercondutor Avançado Experimental (EAST, na sigla em inglês), que opera como um "Sol artificial", a uma temperatura de 120 milhões de graus Celsius durante 101 segundos e 160 graus Celsius por 20 segundos.
A segunda marca
é mais de 10 vezes a temperatura do núcleo da estrela do nosso Sistema Solar:
15 milhões de graus Celsius. Anteriormente, a maior temperatura atingida pelo
reator era 100 milhões de graus Celsius, sendo mantida por 100 segundos.
"É uma
grande conquista nos campos da física e da engenharia da China", afirma
Song Yuntao, diretor da Instituto de Física Plasmática da Academia
Chinesa de Ciências (ASIPP, na sigla em inglês). "O sucesso do experimento
é a base para a China construir sua própria estação de energia de fusão
nuclear."
O objetivo do
EAST é criar fusão nuclear como o Sol, utilizando hidrogênio e uma substância
chamada deutério, abundante no mar. Ao contrário dos combustíveis fósseis, como
carvão, petróleo e gás natural, que correm o risco de se esgotar e representam
uma ameaça ao meio-ambiente, as matéria-primas necessárias para o "sol
artificial chinês" são praticamente ilimitadas na Terra.
Estima-se que o
deutério contido em um litro de água do mar pode produzir, por reação de fusão,
a quantidade de energia equivalente a 300 litros de gasolina. A energia de
fusão é considerada a "energia final" ideal com o potencial de ajudar
a China a atingir a neutralidade de carbono.
Sofia Pilagallo, do R7*
*Estagiária
do R7 sob supervisão de Pablo Marques
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