Segundo os representantes dos pescadores artesanais, as pedras que se soltaram nos últimos anos atrapalham a passagem de barcos.
Pescadores
artesanais fizeram um ato simbólico na manhã desta terça-feira (25) em
Itaipuaçu, Maricá (RJ) pedindo a retirada de pedras do Canal da Costa, no
Recanto. O grupo simulou a remoção ao puxar pedras usando cordas.
Segundo os
pescadores, as pedras obstruem a ligação do canal com o mar e atrapalham a
passagem de barcos no local.
Ainda de acordo
com os pescadores, nos últimos dois anos as pedras estão se soltando do molhe
após as obras de abertura do canal e se espalham com a movimentação do mar.
“O pescador
está impedido de sair pra pescar, com segurança, tivemos um acidente com dois
pescadores há poucos dias, eles quase perderam a vida e todo material. Os
banhistas e os pescadores estão sofrendo e, as vezes, os bombeiros não dão conta.
As pedras estão fechando a boca do canal e a gente quer uma solução”, explica a
representante da Colônia Z-7 de Itaipuaçu e vice-presidente da Associação Livre
de Aquicultura e Pesca, Virgínia Costa.
Além de impedir
a passagem de barcos, as pedras também oferecem perigo para os pescadores e
banhistas.
No ultimo dia
13, um
barco de pesca naufragou no Canal do Recanto de Itaipuaçu, enquanto
dois pescadores tentavam passar pelo local, quando uma onda atingiu o barco.
Eles foram resgatados por outros pescadores e também receberam ajuda do corpo
de bombeiros. Um dos pescadores teve arranhões e ferimentos leves, e todo o
pescado da noite foi perdido.
Representantes
da Colônia de Pescadores Z-7 entraram em contato com a Autarquia de Serviços de
Obras de Maricá (Somar), que se disponibilizou para retirar as pedras.
Segundo a
Prefeitura de Maricá, qualquer intervenção desse tipo e neste local demanda
autorização do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) que é o responsável pela
fiscalização e pelo controle da faixa costeira.
Ainda segundo
os pescadores, a solicitação foi feita no dia 30 de abril.
Em nota, o INEA
informou que realizou, no dia 18 de maio, uma vistoria no local e que está
elaborando o relatório sobre a situação do molhe e as possíveis medidas a serem
adotadas para remediar a situação.
Por Anna Beatriz Lourenço, G1 —
Região dos Lagos
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