Foto: Divulgação/PSD
Prefeito vai ao
sexto partido da carreira política após divergências com DEM; governador tem
filiação prestigiada por Bolsonaro em aproximação com Planalto
A cidade e o
estado do Rio de Janeiro passam a ter novos partidos políticos encabeçando as suas
administrações a partir desta quarta-feira (26), com as mudanças de legenda do
prefeito Eduardo Paes e do governador Cláudio Castro.
Completando o
xadrez partidário da política fluminense, o senador Flávio Bolsonaro anunciou a
sua saída do Republicanos, sem revelar seu novo destino. Pai do parlamentar, o
presidente Jair Bolsonaro (sem partido) compareceu à filiação de Castro ao PL,
partido que integra o Centrão e é aliado ao seu governo.
O prefeito
Eduardo Paes deixou o DEM, pelo qual foi eleito em outubro do ano passado, para
ingressar no PSD. Já o governador Cláudio Castro deixa o PSC, partido que
dividia com o antecessor Wilson Witzel, para se filiar ao PL.
Titulares de
cargos eleitos de forma majoritária, como presidente, governador, prefeito e
senadores, podem mudar de partido político sem risco de perda do mandato. O
mesmo não ocorre com vereadores, deputados estaduais e federais, que estão
sujeitos à perda do mandato em caso de infidelidade partidária.
Eduardo Paes -
Do DEM para o PSD
O PSD será o
sexto partido político da carreira de Eduardo Paes. Entre idas e vindas, o
prefeito pertenceu três vezes ao DEM, as duas primeiras na virada do século,
quando a legenda ainda se chamava PFL, e a última nos últimos três anos.
Desta vez, a
sua saída deve ser acompanhada por outros nomes da legenda no estado, como o
deputado Rodrigo Maia, e marca divergências nacionais.
A filiação de
Paes ao PSD aconteceu em Brasília, com a presença dos principais líderes da
legenda, fundada e presidida pelo ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro
Gilberto Kassab.
Cláudio Castro
- Do PSC para o PL
Quase um mês
após a condenação definitiva de Wilson Witzel no processo de impeachment, o
governador Cláudio Castro deixou o PSC, partido pelo qual ambos foram eleitos
como titular e vice no pleito de 2018.
Na vida
pública, Castro estava relacionado à legenda desde seu início como assessor
parlamentar, há cerca de 15 anos. Foi pelo PSC também que ele disputou as suas
eleições para vereador do Rio de Janeiro, a primeira, em que perdeu, e a
segunda, quando foi eleito.
O PL, novo
partido de Cláudio Castro, é uma das principais legendas do Centrão e aliada de
primeira hora do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Neste momento, o
partido comanda a articulação política do governo Bolsonaro com a
ministra-chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda.
Cláudio Castro
é o segundo nome de peso da política do Rio de Janeiro filiado ao PL nas
últimas semanas. No início de abril, o partido também anunciou a filiação do
senador Romário Faria, eleito pelo PSB em 2014 e que estava no Podemos.
Guilherme
Venaglia, da CNN, em São Paulo
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