David Dibert | Unsplash
A startup
israelense Helios garante
ter desenvolvido tecnologia para
produzir oxigênio no solo lunar. Isso tornará as missões múltiplas e longas à
Lua economicamente viáveis e não dependerá da Terra para combustível e outros
recursos.
A empresa
afirmou em um comunicado que “a iniciativa recebeu financiamento da Agência
Espacial Israelense e do Ministério da Energia para desenvolver um sistema que será
lançado em duas missões espaciais nos próximos três anos”.
Em entrevista
ao Times of Israel, Jonathan
Geifman, cofundador e CEO da Helios, declarou: “Planejamos missões com
parceiros para demonstrar nosso sistema no espaço”.
Segundo
Geifman, a primeira missão pode acontecer no final do próximo ano e a expedição
seguinte em três anos. Mas o CEO da Helios frisou que ainda não pode divulgar
os nomes dos sócios com os quais a empresa trabalhará.
Um dos
principais obstáculos no envio de missões à Lua é o custo de transporte de
itens da Terra para a superfície lunar. O lançamento de foguetes com carga útil
requer combustível extra, portanto, quanto mais pesada a carga útil, mais
combustível é necessário. Esse combustível extra aumenta o peso, o que
significa que ainda mais combustível é necessário, diz a companhia em um vídeo do
YouTube em seu site.
Uma base lunar
e o transporte regular de ida e volta de pessoas e materiais, conforme
planejado para a próxima década por empresas espaciais como a SpaceX, requer
milhares de toneladas de oxigênio por ano.
A espaçonave
SpaceX, quando totalmente carregada, deve pesar 1.200 toneladas, das quais 850
toneladas são apenas oxigênio. Sem falar que o custo é de centenas de milhares
de dólares por quilograma para enviar qualquer coisa para a Lua, tornando as
missões de longo prazo economicamente inviáveis, a menos que o oxigênio possa
ser produzido no próprio satélite natural.
O processo que
a empresa israelense desenvolveu é chamado de eletrólise de regolito derretido,
usando um reator alimentado por “solo lunar”. Ele derrete esse solo lunar a
1600 graus Celsius e, em seguida, cria oxigênio por meio da eletrólise, que é
armazenado para uso.
A empresa
simulou a maioria das condições da Lua usando areia semelhante à lunar para
testar seu sistema desenvolvido pela University of Central Florida, com base em
amostras trazidas da Lua, explicou Geifman.
“A grande
incógnita, no entanto, é como a tecnologia funciona na ausência de gravidade e,
portanto, as duas missões-piloto estão planejadas para testar o método no
local”, disse o CEO.
By Thaís Garcia
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