Neste sábado (5), petropolitanos, turistas e os conhecidos ‘sacoleiros’ encheram a Rua Teresa, no centro de Petrópolis, no RJ — Foto: Lucas Machado/Inter TV |
Novo horário pretende atender as demandas de compras de fim de ano, mas com o aumento de casos de COVID-19, clientes e lojistas precisam redobrar os cuidados.
Com a chegada
do fim do ano veio também a expectativa de que as compras de Natal sejam a luz
no fim do túnel que o comércio precisa para se reerguer, depois de sofrer com
os efeitos da pandemia da Covid-19. Neste sábado (5), petropolitanos, turistas
e os conhecidos ‘sacoleiros’ encheram a Rua Teresa, no centro de Petrópolis, na
Região Serrana do Rio.
A novidade é
que, durante o mês de dezembro, as cerca de quinhentas lojas da Rua Teresa vão
poder atender com horários diferenciados, depois de um acordo firmado entre o
Sindicato dos Trabalhadores e o Sicomércio.
“Nessa primeira
semana de dezembro já percebemos um aumento nas venda. Os clientes estão se
antecipando pras compras de fim de ano”, comentou a gerente de loja Suelen
Thomaz.
Geralmente às
segundas-feiras, os lojistas aderiam à Semana Inglesa, abrindo as portas só
depois das 14h, mas até o final de 2020, o novo horário permite que, já no
início da semana, as lojas abram às 9h e fechem às 18h. O horário já era
praticado de terça a sábado.
Aos domingos,
as lojas também podem funcionar, e embora o horário possa ser definido pelo
proprietário, a maioria tem optado por trabalhar entre 10h e 16h.
Segundo a
presidente da Associação da Rua Teresa, a empresária Denise Fiorini, cerca de
80% dos lojistas aderiram ao acordo. “Com essa flexibilização, não vai ter
tumulto, não vai ter aglomeração. As lojas tão seguindo todos os protocolos,
não têm deixado entrar muita gente. A gente sabe que os casos do novo
coronavírus estão aumentando, mas não é o comércio que é o vilão. Dá pra seguir
com segurança”, comentou.
Ônibus de turismo trazem os consumidores de outros municípios para fazer compras na Rua Teresa, em Petrópolis. Foto: Lucas Machado/Inter TV |
As vendas de
Natal e a Covid-19
O uso das
máscaras e o distanciamento são obrigatórios em Petrópolis. A entrada é
controlada na maioria das lojas, que disponibilizam álcool gel nas entradas e
nos balcões. Algumas também têm aferido a temperatura dos clientes.
“A gente tá
usando álcool gel e máscaras, higienizando os balcões e as peças, e limitando a
entrada de pessoas. Só entram, no mínimo, três clientes de uma vez”, disse a
vendedora Verônica Santos.
Assim como os
lojistas, quem visita a região para ir às compras também afirma que tem se
preocupado. “A gente vem pra rua com álcool gel e várias máscaras, pra trocar
de duas em duas horas, e se proteger”, contou a secretária Ana Elizabeth
Andrade, que veio da capital fluminense fazer compras no maior polo de moda ao
ar livre do estado do Rio de Janeiro.
O
infectologista André Araújo explicou que, embora não seja impossível, é mais
improvável que haja a permanência do vírus em tecidos. Para ele, o perigo pode
ser maior na hora de experimentar as roupas.
“O que pode
acontecer, que é mais frequente, são as pessoas provarem as roupas em ambientes
fechados. Os provadores não têm circulação de ar, e eventualmente a pessoa vai
tirar a máscara. Nessa situação, é possível haver a transmissão. Se a gente
puder evitar provar roupa, é melhor”, ressaltou.
Por Lucas
Machado, G1 — Petrópolis
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