Plenário da Câmara dos Deputados.
Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
O Supremo
já vinha dando sinais, mas o resultado do término da votação neste
domingo não deixou dúvidas: Rodrigo Maia (DEM-RJ) não poderá se
reeleger presidente da Câmara dos Deputados novamente. Pelo menos, não no ano
que vem.
Candidatos à
cadeira de Maia saíram em defesa da decisão do STF da noite deste domingo. O
deputado Fábio Ramalho (MDB-MG) acredita que consegue reunir apoio de pessoas
da direita, esquerda e do centro. Ele não recusa o debate de convocar nova
Constituinte para reformular algumas regras do texto. Mas, conclui, que as
atuais foram respeitadas pelo STF nesta noite.
"O
resultado demonstra que gente tem que respeitar o que está escrito na
Constituição. O meu entendimento é que a Constituição é clara e bem escrita. Se
é para mudar qualquer artigo, tem que fazer uma emenda constitucional. Se for
para mudar a Constituição toda, se ela estiver inadequada, somente se convocar
uma constituinte. A Constituição precisa de mais trabalho e bondade, como uma
cláusula pétrea", afirmou à CNN.
Fabinho, como é
conhecido no parlamento, costuma oferecer almoços e jantares regados a comida
mineira, o que garante conquistar ao menos o estômago dos nobres colegas.
Candidato a
candidato do grupo de Rodrigo Maia, o vice presidente da Câmara, Marcos
Pereira, se manifestou poucos minutos após a decisão sair. "O STF agiu com
responsabilidade ao recusar a tese casuística de reeleição no Parlamento. O §
4º do art. 57 da CF é absolutamente claro no seu teor, não cabendo
interpretação diferente. Mudanças na CF devem ser promovidas dentro do
Congresso Nacional, o locus adequado para isso", afirmou em suas redes
sociais.
Integram a
lista de virtuais candidatos à presidência da Câmara, que agora poderão se
assumir, se houver consenso em seus grupos: Baleia Rossi (MDB), Luciano Bivar
(PSL), Agnaldo Ribeiro (PP), Elmar Nascimento (DEM) e Arthur Lira (PP) - sendo
este último carimbado como o nome do Planalto.
Senado
Agora, no
Senado, ninguém esperava uma eleição sem Davi Alcolumbre. Mas também não há
surpresas quanto às principais forças que devem agora se erguer. Com a palavra,
o MDB, onde há Eduardo Gomes, Eduardo Braga e até Renan Calheiros no banco de
espera.
Por Basília
Rodrigues, CNN
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