© Divulgação/Ministerio de Relaciones Exteriores
Martín Vizcarra, presidente do Peru
A Justiça do
Peru investigará o presidente Martín Vizcarra por associação ilícita para atos
criminosos. O promotor Germán Juárez, integrante da equipe da Lava Jato
peruana, já havia aberto inquérito para apurar suposto suborno quando Vizcarra
era governador da região de Moquegua, de 2011 a 2014.
As informações
foram divulgadas nesta 2ª feira (19.out.2020) pelo jornal peruano El Comercio.
A operação
inicial investigava o chamado Clube da Construção, grupo com cerca de 30
empresas que, segundo o Ministério Público peruano, conspiraram para distribuir
licitações de obras públicas.
A Justiça
peruana, no entanto, conseguiu provas de que o grupo pagou suborno de US$ 300
mil, em 2014, a Vizcarra. Uma testemunha ouvida no inquérito afirmou que houve
duas entregas de dinheiro feitas diretamente ao atual presidente peruano.
“Essa ação [pagamento
de suborno por parte das empresas] é plural e tinha como objetivo
cometer atividades ilícitas por 1 longo período de tempo. Portanto, seria
adequado que a investigação incluísse também o crime de associação ilícita na
área do crime organizado. É aplicável”, disse o promotor.
O suborno, de
acordo com depoimentos, foi feito em troca de informações privilegiadas
passadas por Vizcarra à construtora Obrainsa. Envolveu a obra de irrigação
Lomas de Ilo, licitação administrada pelo Unops (Escritório das Nações Unidas
para Serviços de Projetos).
O jornal entrou
em contato com a assessoria de imprensa do Palácio do Governo, que informou que
o presidente peruano não foi notificado formalmente.
A denúncia é
feita pouco depois de o Congresso do Peru ter recusado o impeachment de Vizcarra por
“incapacidade moral”, em setembro. Os congressistas aprovaram a abertura do processo depois do vazamento de conversas
do presidente.
Nas gravações,
Vizcarra pede para que duas assessoras mintam em inquérito parlamentar sobre
sua relação com o cantor e ex-assessor Ricardo Cisneros. O músico, conhecido
como Richard Swing, é investigado por suposto favorecimento em contratos com o
Ministério da Cultura.
Poder360
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!