Imagem: Reprodução
No último
sábado (3), a Índia testou com sucesso o mais poderoso míssil tático de seu
arsenal, o ‘Shaurya’, que significa “valor” ou “destemido”.
O teste reflete
o esforço da Organização de Pesquisa e Desenvolvimento de Defesa (DRDO) para
alcançar a autossuficiência no desenvolvimento de mísseis, de acordo com
o Times of India.
A versão mais
recente do míssil, aclamado como um dos mísseis mais exclusivos da Índia, foi
testado na região leste da Índia, na costa do Estado de Odisha, na Baía de
Bengala. O ‘Shaurya’ foi testado com alcance e eficiência aprimorados, e o DRDO
relatou que o míssil é capaz de atingir alvos a distâncias de 800-1.900 km,
dependendo do tamanho da ogiva. O míssil foi testado na versão ‘canister‘
com um sistema de orientação aprimorado e maior alcance.
A nova versão é
mais leve e fácil de operar em um mínimo de tempo de mobilização, com
capacidade para acomodá-los em ‘canisters‘ e silos com facilidade. A
nova versão do míssil complementará o míssil Shaurya previamente introduzido,
que está em operação desde 2011. O míssil é operado pelo Comando das Forças
Estratégicas (SFC) das Forças Armadas da Índia.
Shaurya é um
míssil semibalístico e pode transportar ogivas nucleares e convencionais
dependendo das especificações da missão. A trajetória do míssil o torna
diferente da versão anterior do míssil balístico. Esta versão do míssil entra
no método de trajetória variável, seguido pelos recursos de cruzeiro e
balísticos durante o caminho da fase intermediária, e entra em velocidade
hipersônica impulsionada no estágio terminal, com manobras em direção ao alvo
para escapar dos sistemas de defesa antimísseis e aumentar sua precisão.
Em 2019, a
Índia atualizou o míssil de cruzeiro ‘BrahMos’ com um novo alcance de 500 km ,
que é 100 km a mais do que o BrahMos anterior do arsenal indiano.
Nesses últimos
dias, a Índia vem testando seus mísseis balísticos e de cruzeiro como parte de
testes para avaliar a preparação operacional atual para um cenário semelhante a
uma guerra. A Índia é um dos poucos países no mundo com a capacidade de
desenvolver e implantar mísseis balísticos de curto alcance a intercontinental
como parte da dissuasão em opções operacionais estratégicas e táticas.
Por Thaís Garcia
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