Equipamentos que monitoram animais no Parnaso, RJ,
são furtados — Foto: Divulgação/Parnaso
Furto foi
constatado pela equipe do Parque Nacional na última quarta-feira (30). As duas
armadilhas fotográficas foram instaladas para registrar o movimento na trilha
do Castelinho, em Petrópolis.
Dois
equipamentos de monitoramento do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso),
na Região Serrana do Rio, foram furtados. As duas armadilhas fotográficas
estavam instaladas na trilha do Castelinho, em Petrópolis. O furto foi
constatado na última quarta-feira (30), por uma equipe do Parque.
De acordo com a
administração do Parnaso, as armadilhas faziam parte do Programa Monitora, e tentavam,
pela primeira vez, registrar animais (mamíferos e aves) e contar o número de
visitantes naquela trilha.
Outras
armadilhas fotográficas do projeto vem registrando a atividade da fauna
silvestre nas demais trilhas do parque durante a pandemia. Como o caso de
duas onças-pardas, uma adulta e uma filhote, registradas em setembro, na
área do Parnaso que fica em Teresópolis.
Vídeos mostram onça parda adulta e filhote circulando no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Foto: Reprodução/Programa Monitora |
A equipe do parque foi avisada por um morador de Petrópolis, parceiro do projeto, que verificou a ausência do equipamento. Ao chegar ao local, os funcionários constataram o furto de duas das armadilhas.
De acordo com o
Parque, o caso já foi comunicado à polícia, para investigação e
responsabilização dos autores. Os responsáveis quebraram o equipamento para
conseguir soltá-los dos cabos de segurança, que permaneceram no local.
"Infelizmente
as armadilhas fotográficas foram furtadas antes da primeira verificação e,
junto com os equipamentos, o Parnaso perdeu também os dados. Um fato muito
triste pois agora não será possível saber que animais andam por ali e haviam
sido registrados, nem quantas pessoas frequentaram a trilha no mesmo período, a
menos que os responsáveis pelo furto devolvam voluntariamente os
equipamentos", afirma a bióloga Cecília Cronemberger.
Ainda de acordo
com Cecília, o prejuízo financeiro chega a R$ 3.400, mas o maior dano não é o
econômico.
"Os dados
não tem preço e são irrecuperáveis. Mesmo que a gente ganhe duas armadilhas
iguais novinhas e coloque no mesmo lugar amanhã, nunca poderemos registrar o
que passou lá entre o dia 13 de agosto e 30 de setembro", disse a bióloga.
A trilha
A trilha do
Castelinho é uma das mais procuradas em Petrópolis. É uma trilha curta e fácil,
que passa por uma linda floresta e chega a um amplo cume, com vegetação típica
de campos de altitude, e com uma vista de tirar o fôlego.
De acordo com o
Parque, essa região foi incorporada ao Parnaso em 2008.
Uma das
principais ações para permitir o melhor controle e cuidado da trilha é saber
quantas pessoas frequentam o local, por isso as armadilhas fotográficas estavam
posicionadas na trilha, para permitir a contagem de visitantes. Foram
instaladas voltadas para o chão, de forma a registrar animais e as pernas dos
visitantes, preservando assim a identidade dos caminhantes.
Por G1 — Petrópolis
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