Maycon Mendonça garantiu a vaga de próximo desafiante
ao cinturão do peso-meio-médio.
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Após três
derrotas, Maycon Mendonça, parceiro de equipe de Spider, se credencia à disputa
de título ao emplacar quatro vitórias: "Assisto aos 'highlights' dele
antes de lutar para pegar a magia".
As três
derrotas seguidas, entre maio de 2017 e janeiro de 2018, fizeram Maycon
Mendonça refletir se o seu destino estava no MMA. A falta de confiança o
deixava pensativo, com vontade de abandonar a carreira e buscar outra
alternativa para sustentar a família. A maré, no entanto, virou: do ano passado
até este mês, ele emplacou quatro vitórias consecutivas - a última com um
nocaute sobre Devin Smith, pelo LFA 90, na sexta-feira, e garantiu a vaga de
próximo desafiante ao cinturão do peso-meio-médio. E o responsável pela volta
por cima atende pelo nome de Anderson "Spider" Silva.
Em entrevista
ao Combate.com, Maycon Mendonça, que há três anos mora em Los Angeles (EUA),
conta que algumas palavras ditas por Anderson Silva, em 2018, na academia Black
House foram capazes de fazê-lo acreditar novamente em seu potencial. Ele
recuperou a confiança e, pela primeira vez desde 2016, saiu do cage com a
vitória, em janeiro do ano passado, no LFA 58.
- Fui parar no
fundo do poço, pensei em desistir várias vezes. Eu achava que não ia vencer
nunca mais. Nesse período difícil, eu estava treinando, e o Anderson, sem saber
de nada, falou: "Bicho, você é novo. Entrei com 31 anos no UFC. Você tem
muita carreira ainda, tem talento, vai longe". Depois disso eu emplaquei
minha vitória. Essa confiança que peguei do Anderson, de ter sido sparring dele
no camp para a luta dele contra o Adesanya. O Anderson sempre dedica um tempo
para me aconselhar, ensinar uma técnica. Pensei: "Estou treinando com o
melhor de todos os tempos, vou dar a volta por cima. Se ele está falando que eu
posso, eu posso".
- Ele virou a
minha chave. Tomei o que ele falou como verdade e fui para dentro. Depois
daquele camp com ele, minha vida mudou. Eu assisto aos "highlights"
(melhores momentos) dele antes de lutar, no hotel. É um ritual para pegar a
magia dele (risos). É gratificante estar perto dele e poder aprender. Ele é o
cara - afirmou Maycon, que vai integrar o camp de Anderson Silva, adversário de
Uriah Hall, no UFC marcado para 31 de outubro, em Las Vegas (EUA).
Após nocautear
Devin Smith e carimbar o passaporte para enfrentar o atual campeão dos
meio-médios do LFA, Jaleel Willis, até o fim deste ano. Dono de um cartel
formado por dez vitórias e quatro derrotas, o brasileiro acredita que poderá
anotar o quinto nocaute da carreira diante do americano.
- Eu já estou
assistindo aos vídeos do campeão. Ele é um wrestler, que até aceita trocar, mas
não acredito que irá para a trocação comigo. Defendo bem as quedas, é uma luta
boa para mim. Vou quebrá-lo no meio, machucá-lo e, sem pressa, vou construir o
nocaute - apostou o atleta, natural de Rio das Ostras (RJ).
O sonho de
conquistar o cinturão do LFA representa, também, uma porta de entrada rumo ao
UFC. E ser contratado pelo maior evento de MMA do mundo significa uma vida
confortável para a esposa e para os dois filhos.
- O cinturão é
tudo o que eu procuro, meu filho me cobra muito (risos). O título vai mudar a
minha vida, tenho que levá-lo para casa. O que eu quero vem depois do cinturão,
que é entrar no UFC e dar uma vida boa à minha família. O meu foco é total.
Treino na Black House com atletas do evento, sei que estou nesse nível. Sou um
dos melhores lutadores do peso-meio-médio fora do UFC. No dia que eu chegar,
vou brigar lá em cima e fazer barulho.
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