STJ afasta Wilson Witzel do governo do RJ e manda prender Pastor Everaldo | Rio das Ostras Jornal

STJ afasta Wilson Witzel do governo do RJ e manda prender Pastor Everaldo

Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro.
Foto: Fernando Frazão - 27.jan.2020 / Agência Brasil

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), foi afastado do cargo nesta sexta-feira (28) pelo Superior Tribunal Justiça (STJ). O órgão também mandou prender o presidente do PSC, Pastor Everaldo, segundo informações da analista de política Basília Rodrigues. 
Com isso, quem assume o governo fluminense é o vice de Witzel, Cláudio Castro (PSC).
A Polícia Federal foi acionada nesta manhã para cumprir as determinações do STJ. Os agentes cumprem mandados de busca e apreensão no Palácio Laranjeiras (residência oficial do governador do RJ). Não há cumprimento de mandado de prisão contra Witzel, mas sim de pessoas próximas a ele.
Em nota, o PSC disse que "o Pastor Everaldo sempre esteve à disposição de todas as autoridades e reitera sua confiança na Justiça."
Em 26 de maio, Witzel foi alvo de uma operação autorizada pelo STJ. A PF cumpriu mandados de busca e apreensão em vários endereços em SP e no RJ, incluindo o Palácio das Laranjeiras e na casa onde ele morava antes de ser eleito, no bairro de Grajaú. Os agentes também foram ao endereço onde fica o escritório em que Helena Witzel, primeira-dama do estado atua.
A Operação Placebo apura desvios na saúde pública do RJ em negociações de emergência durante a pandemia do novo coronavírus. Investigações apontaram para a existência de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do estado do Rio de Janeiro.
O governador responde a ao menos dois inquéritos no STJ. Um deles apura envolvimento em desvios de recursos da Saúde durante a pandemia de Covid-19. Parte dos dados utilizados nesta investigação embasa também o pedido de impeachment do governador, em andamento na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Um outro investiga Witzel por incitação ao crime, em razão do comportamento do governador após a solução do sequestro de um ônibus na Ponte Rio-Niterói, em agosto de 2019. Na ocasião, o sequestrador recebeu um tiro de um sniper e morreu. Ao descer do helicóptero, que pousou na ponte, Witzel vibrou e fez gestos de comemoração. 
Em atualização.
Jéssica Otoboni, da CNN
(Com informações de Diego Sarza, Thayana Araújo e Paula Martini, da CNN, no Rio de Janeiro, e Giovanna Bronze, da CNN, em São Paulo)

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