O juiz André
Felipe Veras de Oliveira, da 32ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio,
condenou a três anos, 10 meses e 20 dias de detenção os réus do processo sobre
a queda da ciclovia Tim Maia. A pena foi convertida em restrição de direitos e
multa e constará de prestação de serviços gratuitos à comunidade ou a entidades
públicas ou assistenciais.
Foram
condenados os réus Marcus Bergman, Juliano de Lima, Fabio Lessa Rigueira, Élcio
Romão Ribeiro, Ernesto Ferreira Mejido, Fábio Soares de Lima, Marcello José
Ferreira de Carvalho, Ioannis Saliveros Neto, Jorge Alberto Schneider, Fabricio
Rocha Souza, Cláudio Gomes de Castilho Ribeiro, Luiz Edmundo Andrade Pereira,
Nei Araújo Lima, Luiz Otávio Martins Vieira e Walter Teixeira da Silveira. Os
réus Élcio Romão Ribeiro e Luiz Edmundo Andrade Pereira, porém, tiveram extinta
a punibilidade por contarem mais de 70 anos na data da sentença. Todos tiveram
algum tipo de atuação na construção da ciclovia, seja na confecção do projeto
básico, na confecção do projeto executivo ou na fiscalização da obra.
“Negligenciado
o estudo oceanográfico e costeiro, e levada adiante, ainda assim, a obra até
então inédita, edificada às cegas do ponto de vista da hidráulica marítima e
costeira, os réus cooperaram entre si para o crime, havendo, na espécie, (a)
uma inegável relevância causal nas suas várias condutas, todas de igual
estatura, já que dirigidas, individualmente, para o mesmo e único desfecho — é
dizer, desabamento seguido de morte —, e (b) um liame subjetivo entre os 15
demandados aqui em julgamento, além, é claro, de (c) uma identidade de infração
penal.” – Escreveu o juiz na decisão.
A
ciclovia Tim Maia desabou no feriado de 21 de abril de 2016, três meses após a
inauguração do trecho que ligava o Leblon a São Conrado, na Zona Sul do Rio,
causando a morte de duas pessoas.
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