Polícia Civil
mobilizou agentes de todas as distritais de atendimento à mulher de todo o
estado.
Operação cumpre
100 mandados de prisão contra agressores de mulheres
A Polícia Civil
do RJ iniciou nesta quinta-feira (13) a Operação Atena, contra agressores de
mulheres. Agentes tentavam cumprir 100 mandados de prisão em todo o estado.
Até a última
atualização desta reportagem, 33 homens tinham sido presos.
Segundo dados do
Departamento-Geral de Polícia de Atendimento à Mulher, durante a pandemia foi
constatada uma diminuição dos registros de ocorrência, em alguns casos de até
50%.
A delegada
Sandra Ornellas, diretora do departamento, esclarece, no entanto, que essa
queda não significa menos agressões.
“Se nós estamos
em um período de isolamento, e esse registro diminui, certamente o que diminuiu
não foi a violência, é um caso de subnotificação”, destacou a delegada.
“Cumprir
esses mandados hoje é um recado”, frisou.
“Segundo o
Instituto de Segurança Pública (ISP), a casa é o lugar mais violento para a
mulher”, afirmou Sandra. “A maioria é agredida nos fins de semana”, emendou.
Sandra afirmou
ainda que denúncias ou pedidos de socorro podem ser feitos no telefone 197.
O nome da
operação remete à deusa grega da força e da sabedoria da mulher.
Em entrevista à
GloboNews, Sandra disse que a lei Maria da Penha é um “divisor de águas” no
combate à violência contra a mulher. Ela também lembrou que o mês de agosto é
conhecido como “Agosto Lilás”, de combate à violência doméstica em todo o
Brasil.
“A gente
aproveitou a flexibilização desse período de isolamento para cumprir esses
mandados e tirar de circulação esses indivíduos e encorajar mulheres que ainda
não tem coragem de denunciar, seja por vergonha, seja por impossibilidade”,
disse ela, que acrescentou ainda que é necessária a criação de políticas
públicas para prevenção de casos de violência. Segundo Ornellas, o Rio não tem
centros especializados em todos os seus municípios.
“É fundamental
que a gente tenha políticas públicas de forma estruturada. É importante que a
gente tenha serviços especializados. No Rio, de 92 municípios, temos apenas 30
centros especializados de atendimento à mulher”, avaliou.
Por Ana
Paula Santos e Mariana Queiroz, Bom Dia Rio e GloboNews
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