Oficineiros aplicaram oficinas de memória. Equipe vai toda protegida com uso de duas máscaras. Fotos: Divulgação. |
“Meu coração
está explodindo de alegria”. Foi com esta frase que Maria Pacheco recebeu a
equipe de oficineiros da Secretaria de Bem-Estar Social de Rio das Ostras, que
começou nesta terça-feira, 21, a visitar os idosos para promover o
tradicional Arraiá. Este ano, por conta da pandemia do Coronavírus,
encontrá-los individualmente, no portão de suas casas foi a estratégia que
a equipe pedagógica encontrou para que eles não ficassem sem esta festa tão
esperada. Os idosos integram o Serviço de Convivência e Fortalecimento de
Vínculos – SCFV.
Logo na
chegada, os oficineiros caracterizados de caipiras já colocam músicas típicas
de festa julina. Os idosos, que são usuários do Centro de Referência de
Assistência Social – CRAS, cantam, dançam e se alegram ao ver a equipe da
Secretaria de Bem-Estar Social.
A ideia é
promover um encontro que amenize o medo do Coronavírus e ofereça, mesmo que a
alguns metros de distância, um pouco de boa energia para aqueles que estão se
sentindo solitários.
Sidnei Sampaio
gostou da iniciativa. “Acho essencial este trabalho. Os idosos ficam muito
carentes. Ficamos eu e minha esposa dentro de casa. Os filhos moram no Rio. Ela
liga para os amigos chorando porque ficamos muito presos. Que ação bacana!
Vocês se aproximaram da gente num momento muito importante. Esse carinho que
nos traz é fantástico. Rio das Ostras é diferente. A Prefeitura daqui se dedica
ao jovem e ao idoso e tem um carinho especial pela terceira idade.
Que surpresa boa”, contou.
OFICINAS – No
Arraiá, os oficineiros fazem uma avaliação das atividades que são aplicadas
remotamente, como as de raciocínio logico, memória e de coordenação
motora. Desde março, este grupo está sendo acompanhado via internet e
celular com troca de mensagens de áudio, fotos e vídeos com atividades para
fazerem em casa. O Arraiá é uma oportunidade de saber como eles estão e quais
precisam de mais apoio, já que alguns se demonstram com tristeza, monotonia e
depressão.
Para a
oficineira Amanda Vasques é importante para que a prevenção
do Coronavírus não acabe ocasionando outras enfermidades. “As
atividades propostas são para benefício da memória, coordenação motora e foco.
Através do canto e da dança levamos alegria para cada um deles. Trabalho
importantíssimo para a prevenção de várias doenças e manutenção da saúde
física, mental e psicológica. Sem contar que a reação dos idosos é de extrema
alegria e felicidade”, contou.
Durante o
encontro, os servidores atendem os protocolos da Organização Mundial de Saúde –
OMS como o uso simultâneo de dois tipos de máscaras, aplicação de álcool gel e
distanciamento de, pelo menos, dois metros. Além das atividades, os oficineiros
reforçam sobre a importância do isolamento e dos demais cuidados enquanto não
for descoberta a cura da Covid-19.
Fã da oficina
de música, Maria Pacheco relatou seu carinho pela equipe da Secretaria de
Bem-Estar Social. “Só tenho a agradecer que vocês lembraram de mim. Eu amo
cantar e vocês trouxeram isso de volta. Se Deus quiser esta pandemia vai passar
e estaremos juntos fazendo tudo o que a gente gosta. Se
foi importante para mim a visita de vocês imagino que seja para
os outros também”, disse.
SCFV – O
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos é um serviço de caráter
preventivo, que busca fortalecer os vínculos familiares e comunitários,
procurando desenvolver as capacidades nos usuários, gerando autonomia e
protagonismo através da troca de experiências e integração entre os
participantes do grupo. É organizado em grupos e para cada um deles existem
atividades específicas.
“Compreendemos
a importância de cuidar dos idosos, considerando que eles fazem parte do grupo
de risco da Covid-19. É preciso mantê-los em casa e as ferramentas virtuais
estão sendo um excelente apoio nesse momento para nos deixar conectados com
eles. Neste Arraiá estamos dizendo aos idosos que isso tudo é algo
temporário e que, daqui a algum tempo, poderão retomar suas atividades, seus
passeios e visitar seus familiares. E assim aliviamos a ansiedade deles, com a
compreensão de que este é um momento de recolhimento especial para todos eles”,
disse Andrea Vasconcellos, coordenadora pedagógica da Secretaria de Bem-Estar
Social.
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