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Região de Alto
Paraná foi fortemente afetada pelo novo coronavírus
O governo
paraguaio flexibilizou nessa quinta-feira (30) a quarentena rígida que
havia imposto em Alto Paraná, um departamento que faz divisa com o Brasil e foi
fortemente afetado pelo novo coronavírus, após uma noite de protestos que
deixou dezenas de detidos.
O ministro da
Saúde Pública, Julio Mazzoleni, disse que combinou com o departamento, situado
na zona da Tríplice Fronteira com o Brasil e a Argentina suavizar a medida
anunciada na véspera, que visava a conter a disseminação do vírus e aliviar os
serviços de saúde.
O anúncio
de quarta-feira (29) sobre o retrocesso para a Fase Zero do
isolamento causou revolta entre os habitantes de Ciudad del Este, capital
departamental e principal centro comercial do país, que se reuniram para
protestar no centro da localidade.
Imagens de
veículos de mídia locais mostraram um grupo de manifestantes atacando um
caminhão, que acabou em chamas, perto da ponte internacional com o Brasil,
forçando a entrada em uma instalação comercial, onde ocorreram saques. A
polícia deteve cerca de 60 pessoas, disse a procuradoria.
Após reunião
com autoridades regionais, Mazzoleni disse que agora os negócios terão
autorização para operar durante o dia. "Existem, porém, estabelecimentos
arriscados que combinamos não incluir nestas duas semanas, como serviços de
restaurantes e academias de ginástica", afirmou.
A maior parte
do restante do país retomou a atividade econômica, mas grandes eventos
continuam proibidos, as aulas presenciais suspensas e as fronteiras fechadas.
O Paraguai
acumula 4.866 casos do novo coronavírus e 46 mortos. Segundo dados oficiais,
Alto Paraná concentra mais de 40% dos casos e 33% das mortes.
Por Daniela
Desanti - Repórter da Reuters - Assunção
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