Grupo atua na organização social Iabas Foto Divulgação |
O Ministério
Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil
prenderam hoje (23) cinco acusados de fraudes na saúde fluminense.
Segundo o MPRJ, eles integram uma organização criminosa que atua na organização
social (OS) Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas), que tem
contratos para gestão de unidades de saúde no estado.
Entre os
presos está o empresário Luis Eduardo da Cruz, acusado de ser
administrador oculto da Iabas, sua esposa, Simone Amaral da Silva Cruz, e o
meio-irmão dele, Marcos Duarte da Cruz, além de Adriane Pereira Reis e o empresário
Francesco Favorito Sciammarella Neto.
Também foram
cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos denunciados e
de outros fornecedores da OS.
De acordo com o
MPRJ, o Iabas foi estabelecido com o “falso argumento de prestar serviços
públicos de saúde”, mas, na verdade, era utilizado “para o cometimento de
centenas de delitos de peculato e lavagem de dinheiro”.
Ainda segundo o
MPRJ, à frente do Iabas, o grupo superfaturava contratos de serviços e
aquisição de bens e repassava esse dinheiro para os acusados por meio de
empréstimos simulados, transações financeiras estruturadas e pagamentos de
cheques fracionados.
“Apenas do
município do Rio de Janeiro, ente que mais repassou valores à OS, foram
desviados mais de R$ 6 milhões a pretexto da execução de serviços de exames
laboratoriais, jardinagem nas unidades de saúde, locação de veículos e
manutenção predial por quatro fornecedores”, diz a nota do MPRJ.
O Iabas também
tinha contratos com os estados do Rio de Janeiro e de Mato Grosso do
Sul, além da prefeitura de São Paulo. “Em abril de 2020, a organização já havia
recebido aproximadamente a espantosa cifra de R$ 5,2 bilhões de dinheiro
público, junto aos quatro entes federativos citados acima”, diz a nota.
O Iabas
informou que Luis Eduardo não tem mais relação com o instituto. Em nota, a
prefeitura disse que, desde abril de 2019, não tem mais contratos com o Iabas,
devido à desqualificação da OS por “má gestão dos recursos públicos” e
“desassistência aos usuários”. A prefeitura informou ainda que multou o Iabas
em R$ 27,9 milhões.
Agência
Brasil
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