Farmácias vão auxiliar mulheres que enfrentam violência doméstica em
meio ao isolamento social. Vítimas poderão desenhar um “X” na mão e pedir ajuda
ao atendente da farmácia
A Secretaria M. dos Direitos da Mulher de Teresópolis se engajou na
campanha nacional ‘Sinal Vermelho para a Violência Doméstica’, lançada este mês
de junho pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Associação dos Magistrados
Brasileiros (AMB). A iniciativa visa envolver as farmácias de todo o Brasil no
enfrentamento a violência contra a mulher, principalmente nesse momento de
isolamento social. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em
março e abril, o índice de feminicídio cresceu 22,2%.
O protocolo é simples: com um “X” vermelho na palma da mão, que pode
ser feito com caneta ou até mesmo um batom, a vítima sinaliza que está em
situação de violência. Com o nome e endereço da mulher em mãos, os atendentes
das farmácias e drogarias que aderirem à campanha deverão ligar, imediatamente,
para o 190 e reportar a situação.
Assistentes Sociais da Secretaria M. da Mulher percorrerão as
farmácias do município, capacitando a equipe de trabalho local com intuito de
esclarecimento e apoio a participação da Campanha Sinal Vermelho, assim como
orientação de trâmite e assinatura do Termo de Adesão.
A secretária da Pasta, Margareth Rossi, reforçou a importância do
engajamento da sociedade civil e dos setores privados no combate a violência.
“Precisamos da união de todos nessa luta e cada instituição envolvida neste
projeto tem papel fundamental”.
Como participar
As farmácias interessadas em participar da campanha devem assinar
digitalmente o termo de adesão da campanha e em seguida, enviar o documento em
formato de foto para o e-mail sinalvermelho@amb.com.br ou mensagem para o
número (61) 98165-4974.
Após a formalização da parceria, a empresa voluntária assume o
compromisso de oferecer treinamento aos seus funcionários, por meio da cartilha
e do tutorial disponibilizados pelos idealizadores da iniciativa. A capacitação
será voltada para o atendimento e acolhimento da vítima e não prevê que os
balconistas ou farmacêuticos sejam conduzidos à delegacia como testemunhas da
ocorrência.
As farmácias engajadas no programa deverão colocar o cartaz da
campanha na frente da loja para que as vítimas saibam que a unidade faz parte
da ação.
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