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Organização
Social (OS) Lagos Rio, responsável pela unidade, é alvo da Operação Pagão, do
Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que investiga uma suspeita de
desvios de mais de R$ 9 milhões da Saúde do estado.
MP inicia
operação para prender pessoas suspeitas de desviar mais de R$ 9 milhões da
saúde
Os funcionários
da UPA Pediátrica de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio, estão há,
pelo menos, 25 dias esperando o pagamento do salário referente ao mês de maio.
Devido a esse atraso, a unidade está com atendimento restrito.
Uma equipe de
reportagem da Inter TV esteve na UPA nesta quinta-feira (25) e viu uma mãe
saindo com o filho da unidade sem atendimento, já que o caso dele não foi
considerado grave.
Até o último
mês, a UPA de São Pedro da Aldeia era administrada pela Organização Social (OS)
Lagos Rio, empresa alvo da Operação
Pagão do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que investiga uma
suspeita de desvios de mais de R$ 9 milhões na Saúde do estado e
foi iniciada nesta quinta-feira (25).
De acordo com
uma funcionária, que preferiu não se identificar, a UPA Pediátrica não está
sendo mais administrada pela Lagos Rio desde o dia 31 de maio e, com isso,
ninguém sabe quando vai receber o salário.
"Quando a
Lagos Rio entrou ficou um mês pra traz que nunca foi pago", denunciou a
funcionária, acrescentando que: "A Lagos Rio era pra ter vindo no início
do mês passar alguma informação, de renovação ou demissão, mas, até agora não
apareceu e todo mundo da UPA está trabalhando sem registro.Puro descaso do
Estado com os funcionários, muito triste essa situação", disse ela.
Em nota, a
Secretaria de Estado de Saúde informou que está revendo todos os contratos da
OS Lagos Rio. "Adequações no processo de fiscalização dos mesmos, com a
contratação de novos fiscais e a informatização do setor também estão sendo
realizadas".
Ainda de acordo
com a SES, a pasta está adotando todas as medidas para normalizar os
pagamentos.
A Secretaria de
Estado de Saúde, no entanto, não deu um prazo para a regularização dos salários
dos funcionários da UPA Pediátrica.
A operação
A Justiça do RJ
expediu 7 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão contra 12 denunciados
por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. A Operação,
intitulada "Pagão", começou nesta quinta-feira (25), e já
prendeu quatro operadores da Organização Social (OS) Lagos Rio, alvo da
investigação.
A empresa gere
15 unidades de saúde, entre hospitais e Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs)
da rede estadual. Entre elas a de São Pedro da Aldeia e de Campos dos
Goytacazes, no Norte Fluminense.
De acordo com o
MPRJ, R$ 9,1 milhões teriam sido desviados da Saúde do RJ em contratos com
fornecedores.
Entre 2012 e 2019,
o Instituto Lagos Rio recebeu mais de R$ 650 milhões do governo do RJ.
Segundo o MP, a
OS não tinha aptidão para assinar contratos de gestão com o Estado, mas forjava
sua capacitação técnica com atestados técnicos falsos.
A investigação
aponta ainda que o desvio de dinheiro público era feito com o pagamento de
valores superfaturados em favor de sociedades empresariais, sob o pretexto da
aquisição de produtos ou terceirização de serviços necessários ao atendimento
das UPAs e hospitais administrados pelo Instituto Lagos Rio.
Por G1 —
São Pedro da Aldeia
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