“Não vou
imputar ao presidente propósitos ditatoriais”, diz Gilmar Mendes.
O ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes,
tentou explicar, neste sábado (6), a comparação feita pelo colega de
Corte, Celso
de Mello, entre o Brasil e
a Alemanha nazista.
Em entrevista¹ ao jornal Estadão, o
magistrado considerou a declaração um “alerta” sobre o momento atual:
“O que o
ministro Celso quer dizer é que essa escalada, se houver o silêncio e a inércia
das pessoas que defendem a democracia, daqui a pouco pode ser tarde. Foi isso
que ele quis nos advertir, lembrando o que ocorreu inclusive na República de
Weimar, chamando atenção para o fato de que, em princípio, Hitler chega ao
poder pela via normal, mas depois obtém poderes excepcionais e passa a
utilizá-los.”
Gilmar
prosseguiu acusando o entorno do presidente da República, Jair
Bolsonaro, de ter “propósitos ditatoriais”:
“Não vou
imputar ao presidente propósitos ditatoriais, mas é claro que no seu entorno há
gente que está a reverberar o fechamento do Congresso, do STF, uso das Forças
Armadas. São todos propósitos inconstitucionais. Quem tem responsabilidade de
comando, inclusive, tem de dizê-lo.”
Na avaliação² de
Gilmar, a radicalização da crise no país “despertou a brasilidade” da
população:
“Vimos aí
inúmeros pronunciamentos de pessoas representativas, dizendo ‘chega’, ‘basta’,
‘vamos parar de brincar de ditadura’. Me parece que as pessoas estão entendendo
que isso não é o chamado passeio de um soldado e um cabo.”
RENOVA Mídia
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