Na próxima
semana o dinheiro vai começar a cair na conta de aposentados e pensionistas. O
abono vem junto com o benefício de maio
Como parte do
plano de medidas adotadas pelo governo federal para amenizar a crise provocada
pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o INSS antecipou as parcelas do
13º salário dos aposentados e pensionistas. Para o final deste mês, está
previsto o pagamento da segunda parte. De acordo com calendário programado, do
dia 25 deste mês até o dia 5 de junho os valores serão liberados. No final
de abril e início deste mês, o instituto pagou a primeira parcela aos segurados
da Previdência Social.
Para quem ganha
até um salário mínimo (R$ 1.045 em 2020), o calendário de benefícios a serem
depositados prevê o crédito a partir do dia 25, na próxima segunda-feira, até o
dia 5 do mês que vem. Já para quem ganha acima de um salário mínimo
receberá a partir do dia 1º de junho até o dia 5.
Tradicionalmente,
o pagamento do 13º salário do INSS ocorre no segundo semestre de cada ano. Com
a primeira parcela saindo no mês de julho, enquanto a segunda parcela
normalmente é liberada no mês de dezembro.
As datas para
o beneficiário receber o valor variam conforme o total do pagamento e o
número final do benefício, sem considerar o dígito. Por exemplo, se o número é
123.456.789 - 0, é preciso desconsiderar o 0 (dígito). O número final é 9.
Começam a receber primeiro os segurados que ganham até um salário mínimo.
Por lei, tem
direito ao 13º quem, durante o ano, recebeu benefício previdenciário de
aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente ou
auxílio-reclusão. Na hipótese de cessação programada do benefício, prevista
antes de 31 de dezembro de 2020, será pago o valor proporcional do abono anual
ao beneficiário. Quem tem o BPC (Benefício de Prestação Continuada) não
tem direito ao 13º salário.
Para a
Faaperj, adiar o consignado teria melhor efeito
As medidas
adotadas até aqui pelo governo ou a falta delas não têm sido vista com bons
olhos pelos aposentados. É o que diz a presidente da Federação das Associações
dos Aposentados e Pensionistas do Estado do Rio (Faaperj), Yedda Gaspar, que
pontua entre um dos problemas a decisão de suspender o consignado dos
aposentados. O governo que disse que não descontaria, por quatro meses,
desconto em folha dos empréstimos tomados pelos aposentados do INSS ou
servidores públicos voltou atrás por conta de uma ação do desembargador
federal Augusto Pires Brandão, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que
atendeu a um recurso do Banco Central e da União.
"O governo
deveria ter suspendido, pois isso ajudaria muito o aposentado neste momento que
a gente atravessa. Temos visto eles ajudando bancos e outros empresários,
mas quando é a vez dos aposentados tudo se torna mais difícil para a
gente", disse ela.
Por Marina
Cardoso
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