© Reprodução Ronaldinho Gaúcho e Assis antes de prestar depoimento ao Ministério Público do Paraguai |
Ronaldinho
Gaúcho e seu irmão, Assis, chegaram à Unidade de Crime Organizado do Ministério
Público do Paraguai para serem ouvidos pelo fiscal Federico Delfino sobre a
investigação relativa aos passaportes falsos que foram encontrados com eles no
país sul-americano.
O astro do
futebol e seu irmão passaram a noite de quarta-feira em seu hotel, depois de
vistoria da polícia paraguaia no quarto da dupla. O empresário Wilmondes Sousa
Lira, de 45 anos, foi detido na operação. Seria ele o responsável pela entrega
dos documentos falsos.
Antes do
depoimento de Ronaldinho e Assis, Delfino atendeu a imprensa local e deu detalhes
sobre o que já é de conhecimento do Ministério Público do Paraguai.
Segundo ele, os
documentos apreendidos são originais, retirados em janeiro no país. Os dados,
porém, foram adulterados com as informações dos brasileiros. Delfino ainda não
revelou quem eram as pessoas a quem pertencem os papéis originalmente, mas
seriam de duas mulheres do bairro San Felipe, em Assunção, segundo o
Departamento de Migração paraguaio.
Ainda segundo
Delfino, Ronaldinho e Assis deixaram o Brasil com documentos nacionais, já que
não é necessário passaporte para viajar ao Paraguai. Ao desembarcar do avião,
porém, receberam os documentos adulterados, que foram usados nos procedimentos
de imigração.
As autoridades
paraguaias foram alertadas da irregularidade por volta de meio-dia de
quarta-feira e iniciou as investigações, que terminaram com a operação no hotel
onde Ronaldinho e Assis estavam hospedados já no início da noite e a detenção
de Wilmondes Sousa Lira.
Delfino evitou
falar sobre os desdobramentos e implicações do caso para os brasileiros, já que
isso dependerá das investigações e decisão da Justiça, mas garantiu que os dois
ficarão no Paraguai “o tempo que for necessário” até o esclarecimento do caso.
Em entrevista
exclusiva ao ESPN.com.br, na quarta-feira, Euclides Acevedo,
Ministro do Interior, também falou sobre o caso. "Ronaldinho e Assis estão
cooperando e se declaram inocentes, dizem que foram enganados pelo
empresário", disse.
"No
aeroporto, a Polícia Nacional percebeu que o documento era adulterado. E nós
não podemos permitir que ninguém ande com documentos adulterados. A informação
que temos de acordo com nossos investigadores é que esse passaporte foi
solicitado e expedido a duas pessoas há aproximadamente um mês e meio e
posteriormente foi adulterado em favor de Ronaldinho e Assis", completou.
Os documentos
paraguaios facilitariam negócios do jogador no país - graças ao acordo do
Mercosul, brasileiros precisam apenas de RG para entrar no país vizinho.
Ronaldinho e
Assis participariam de eventos no Paraguai. Ao chegar no Aeroporto Silvio
Pettirrossi, em Luque, nesta quarta-feira, foi inclusive recebido com festas
por torcedores.
ESPN.com.br
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