O presidente
Alberto Fernández decretou emergência sanitária
EFE/EPA/FILIP
SINGER
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Também serão
vetados aviões provenientes de China, Coreia do Sul, Irã e Japão; governo prevê
quarentena para quem esteve nessas regiões
O presidente da
Argentina, Alberto Fernández, decretou nesta quinta-feira emergência sanitária
devido ao coronavírus. Entre as medidas está a suspensãode 30 dias dos voos
internacionais provenientes da Europa, dos Estados Unidos, China, Coreia do
Sul, Irã e Japão.
"Em uma
situação de alarme generalizado, o papel do Estado é essencial para prevenir,
tranquilizar e proteger a população", disse o chefe de governo em uma
mensagem transmitida na televisão e rádio nacionais.
Além disso o
governo argentino prevê isolamento de 14 dias de quem chegou de países afetados
pelo covid-19 nas últimas duas semanas. O descumprimento da norma levará a uma
investigação criminal.
ARGENTINA
TEM AO MENOS 31 CASOS
A lei pune com
prisão de seis meses a dois anos qualquer pessoa que viole as medidas tomadas
pelas autoridades competentes para evitar a introdução ou a propagação de uma
epidemia. "Este isolamento é preventivo e essencial para reduzir ao máximo
a propagação do vírus", salientou Fernández.
O número de
pessoas contagiadas pelo coronavírus na Argentina é de 31, três delas
infectadas dentro do país. Um homem morreu infectado no último sábado.
O decreto de
necessidade e urgência, que amplia a emergência sanitária que já existia no
país vizinho devido à crise econômica, também estabelece que serão
implementadas medidas para facilitar o retorno dos residentes argentinos que
estão nos países mais afetados pelo vírus.
Segundo o
presidente, os ministérios receberão poderes para evitar a escassez e
estabelecer preços máximos para géis, máscaras e outros produtos usados para
prevenir a doença. Prevê também a suspensão preventiva de espetáculos e o
fechamento de espaços públicos com grande afluência de público.
RECOMENDAÇÕES
DA OMS
"Estamos
agindo de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), as
autoridades dos países mais afetados e nossos especialistas e sociedades
científicas", enfatizou o Fernández, que lembrou que seu governo fará uma
alocação extraordinária de 1,7 bilhão de pesos (R$ 130 milhões) para reforçar
as tarefas de diagnóstico e equipamentos hospitalares.
Após a
publicação do decreto, os controles sanitários serão reforçados em todos os
pontos de entrada na Argentina. "Seremos muito rigorosos no monitoramento
da circulação de pessoas em nossas fronteiras", prometeu Fernández.
"Temos de provar mais uma vez a nós mesmos que estamos unidos em questões
importantes", completou.
Do R7, com EFE
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