Japão tem 170 casos confirmados coronavírus, além dos 691
em navio de cruzeiro. Kimimasa Mayama / EFE-EPA - 26.2.2020
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Ideia é evitar
grandes aglomerações de pessoas para tentar conter a disseminação do vírus, que
já infectou 170 pessoas no país
O
primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, pediu nesta quarta-feira (26) que todos
os eventos esportivos e culturais sejam suspensos ou limitados durante duas
semanas, como parte da luta para conter a disseminação do coronavírus em
meio aos temores crescentes de que a Olimpíada de Tóquio possa ser cancelada.
O apelo de Abe
veio no momento em que a liga de beisebol de Tóquio informou que realizará
partidas sem espectadores até 15 de março. Duas empresas do centro da capital
japonesa confirmaram infecções, um dia depois de o governo orientar as firmas a
mandar funcionários trabalharem em casa.
Hokkaido, ilha
do norte que tem 38 casos e se tornou a região mais afetada depois de Tóquio,
relatou mais uma vítima fatal do vírus, o que eleva o total de mortes do país a
6, incluindo 4 em um navio de cruzeiro. Hokkaido fechará algumas escolas
durante alguns dias a partir de quinta-feira.
Japão tem
170 casos de coronavírus
"Levando
em conta que a próxima semana ou duas são extremamente importantes para deter a
disseminação da infecção, o governo considera existir um risco grande de
transmissão em eventos esportivos e culturais e grandes aglomerações de
pessoas", disse Abe no Parlamento.
Até meados da
tarde desta quarta-feira, o Japão tinha quase 170 casos do vírus semelhante à
gripe, tirando os 691 relatados em um navio de cruzeiro em quarentena no
litoral de Tóquio neste mês.
A doença que
surgiu na cidade chinesa central de Wuhan no final do ano passado se espalhou
rapidamente, infectando cerca de 80 mil pessoas e matando mais de 2.700, a
grande maioria na China continental.
O Japão
redirecionou sua estratégia para a contenção do contágio na tentativa de
desacelerar sua propagação e minimizar o número de mortes.
Olimpíada
não está sob risco, diz COI
Mais cedo nesta
quarta-feira, a ministra a cargo da Olimpíada tentou apaziguar os temores de
que o evento possa ser cancelado.
Dick Pound,
membro do Comitê Olímpico Internacional (COI), disse que é mais provável
cancelar do que adiar ou transferir os Jogos se a ameaça do vírus forçar uma
mudança de calendário, relatou a agência de notícias Associated Press, e que
uma decisão será necessária até maio.
"O COI
está se preparando para os Jogos de Tóquio tal como programado", disse a
ministra Seiko Hashimoto no Parlamento ao ser indagada sobre o comentário de
Pound. "Continuaremos nossos preparativos para que o COI possa tomar
decisões sensatas".
Na semana
passada, Tóquio adiou o treinamento de voluntários olímpicos.
Por Reuters
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