Empresários do Norte Fluminense discutiram soluções e melhorias de
infraestrutura para a BR-101, no trecho entre a Ponte Rio-Niterói e a divisa
entre os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. O debate ocorreu no dia
08/01, durante a primeira reunião do grupo de trabalho sobre a rodovia,
realizada no Teatro Firjan Sesi Macaé. A principal novidade foi o anúncio da
liberação da licença ambiental para a duplicação do trecho de 33 quilômetros
entre Macaé e Casimiro de Abreu (entre os Kms 144 e 177). Segundo a
concessionária Arteris Fluminense, o início das obras está previsto para março
e terá 36 meses de duração.
Os 13 quilômetros que atravessam a Reserva Biológica União ainda estão
em fase de licenciamento ambiental, sem prazo definido para início de obras, já
que os trabalhos só poderão começar após emissão do documento. Em relação ao
trecho urbano de Casimiro de Abreu, a proposta da concessionária é construir um
elevado em pista dupla com 450 m de extensão, além de promover a ordenação do
tráfego local através de vias laterais e duplicação da rodovia entre os kms 206
e 208. O projeto, que também prevê um novo acesso para a RJ-142 (Estrada
Serramar), ainda depende de autorização da Agência Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT). O prazo de conclusão é de 18 a 24 meses após a início das
obras.
Outra boa notícia é sobre a ampliação do trecho de 23 quilômetros
entre Niterói e Itaboraí. A concessionária garante a entrega da terceira faixa
junto ao canteiro central até Guaxindiba, em São Gonçalo, ainda em fevereiro.
De acordo com o diretor de operações da Arteris, Helvécio Tamm, a estimativa é
que, após a conclusão até Manilha, a capacidade de tráfego aumente em 50%.
Entre as sugestões dos empresários, estão o ordenamento no fluxo do
trevo de Manilha, no cruzamento com a BR-493, a instalação de placas de acesso
ao distrito do Sana, e o contorno de Campos. Outros pontos abordados foram
melhorias operacionais entre o Trevo do Índio e o Shopping Boulevard (Kms 65 e
67) e no acesso ao distrito de Travessão, todos em Campos.
Fernando Aguiar, presidente da Firjan Norte Fluminense, está otimista
com as futuras conquistas do interior. “A conclusão destas obras vão trazer
desenvolvimento e ganhos de logística principalmente para as empresas do Norte
Fluminense. Mas é o Brasil todo que passa por aqui e neste sentido todos
sairemos ganhando”, avaliou. Já Evandro Cunha, coordenador da Comissão
Municipal da Firjan de Macaé, destaca que as melhorias na rodovia vão
beneficiar vários setores da indústria. “A qualidade da infraestrutura
logística e de mobilidade urbana é um dos fatores mais importantes para a
atratividade de investimentos, uma vez que possui grande impacto na
produtividade e no custo final das mercadorias e serviços”, explicou.
Do total de 177 quilômetros previstos para duplicação entre Rio Bonito
e Campos, a Arteris Fluminense já executou mais de 126 quilômetros de novas
pistas. Além de melhorar as condições de tráfego e segurança dos usuários, a
duplicação da BR-101 impacta diretamente na economia e no turismo das regiões
dos Lagos e Norte Fluminense, além de colaborar para a redução do tempo de
deslocamento até a Capital em até 30%.
Participaram da reunião representantes da ANTT, da Polícia Rodoviária
Federal, da Prefeitura de Campos, do Macaé Convention & Visitors Bureau,
das associações comerciais de Macaé e de Campos, além de empresários membros do
Conselho da Firjan Campos e da Comissão Municipal da Firjan de Macaé. O próximo
encontro acontecerá em abril.
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