Foto: Maurício Bazílio |
Secretaria de Saúde vai investir R$ 25
milhões no PET em 2020
O Programa Estadual de Transplantes (PET) alcançou, nesta quarta-feira (25), o recorde de 304 autorizações para doações de órgãos no Rio de Janeiro. A melhor marca havia sido contabilizada em 2015, com 303 casos. Em 2018, foram 261, o que, até o momento, gerou aumento de 16,4%. A previsão da Secretaria de Estado de Saúde (SES) é investir R$ 25 milhões no PET em 2020, e uma das metas, zerar a fila de transplantes de córnea até 2022.
Só neste mês de dezembro foram 35 doações, ultrapassando as
33 registradas em julho passado. A SES tem investindo no programa com o
objetivo de colocá-lo entre os quatro mais bem colocados do Brasil. Hoje, o
PET, que já ocupou a pior posição do país, está em 8º lugar. A proposta é
capacitar profissionais para que eles estejam aptos a reverter negativas de
familiares, além de ampliar o número de Organizações de Procura de Órgãos
(OPOs) em solo fluminense.
“Queremos aumentar em 20% o número de doações em relação à meta
histórica alcançada neste 2019. O investimento de R$ 25 milhões vai nos
ajudar a expandir essa rede de transplantes no estado, já que nossas equipes
estarão atuando em hospitais de diversos municípios”, afirmou o secretário de
Estado de Saúde, Edmar Santos.
A autorização familiar é a única forma de o transplante acontecer.
Para tratar desse tema num momento delicado como o luto, a capacitação de
profissionais é fundamental. Por isso, desde maio, especialistas em abordagem
sensível têm ministrado treinamentos para profissionais da Comissão
Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), com
foco na simulação e recriação de situações práticas do dia a dia. Após esse
trabalho, a taxa de autorização das famílias quase dobrou, saltando de 38% para
75%, se comparados os números de abril e junho. A média nacional é de 40%.
A ampliação de OPOs no estado é outra iniciativa. O número passou de
quatro para nove, em cidades estratégicas como Rio de Janeiro (duas), Niterói,
Nova Iguaçu, Petrópolis, Araruama, Itaperuna, Campos e Barra Mansa. As OPOs são
responsáveis pelo apoio operacional ao processo de doação, dedicando, além de
profissionais em tempo integral e meios de comunicação eficientes, o aparato
logístico para um transporte mais ágil e seguro desde a captação dos órgãos até
a cirurgia de transplante.
Para o próximo ano, parte da verba será destinada para a ampliação e
profissionalização da CIHDOTT, através do redimensionamento de equipes e metas,
bem como auditorias sobre resultados. Além disso, será criado um modelo de
educação permanente e de investimento em pesquisa para todos os envolvidos
no PET. Haverá ainda a realização de palestras sobre doação de órgãos em
empresas públicas e privadas, e em cursos de graduação da área da Saúde,
fortalecendo a marca e a conscientização da importância da doação.
SAIBA MAIS SOBRE O PET
Criado em 2010, o Programa Estadual de Transplantes já realizou mais
de 16 mil procedimentos. O PET realiza transplantes e captação de
coração, fígado, rins, pâncreas, medula óssea, ossos, pele, córnea e esclera
(membrana que protege o globo ocular).
“A principal missão do PET é buscar o ‘sim’ que salva vidas.
Esse é o nosso objetivo diário em nove anos de existência do programa”, disse o
diretor do programa, Gabriel Teixeira.
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