Polícia Civil do RJ abre sigilo do manual de uso de helicópteros, mas mantém um artigo secreto | Rio das Ostras Jornal

Polícia Civil do RJ abre sigilo do manual de uso de helicópteros, mas mantém um artigo secreto

Em ação policial, tenda religiosa foi alvo de tiros 
em Angra dos Reis — Foto: Divulgação

Trecho confidencial integra a parte sobre Política de Redução de Danos. Em junho, aeronave onde viajou governador Witzel atirou contra tenda evangélica em Angra dos Reis.
A Polícia Civil do Rio abriu o sigilo do "Manual Operacional das Aeronaves", exceto um artigo que continua "secreto". O sigilo é alvo de críticas da Defensoria Pública e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O artigo secreto faz parte do trecho dedicado a "política de redução de danos". A publicação do manual — com o artigo omitido — consta no Diário Oficial desta sexta-feira (13).
Na parte de planejamento operacional, há a sugestão de que devem ser observados, "sempre que possível", locais como escolas, hospitais, postos de saúde e asilos.
Em maio, o governador Wilson Witzel (PSC) usou um helicóptero para sobrevoar uma comunidade em Angra dos Reis, na Costa Verde. A mesma aeronave disparou a esmo e atingiu uma tenda evangélica.
Na ocasião, ele disse que as circunstâncias seriam apuradas. O manual foi publicado três meses depois.
OAB entrou com ação na Justiça
O sigilo é válido por 15 anos. Defensor público do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos Daniel Lozoya diz que há uma série de informações que necessitam ser públicas.
"É importante observar que a Lei de Acesso à Informação proíbe documentos que versem sobre condutas que impliquem violação de direitos humanos não poderão ser objeto de restrição de acesso".
A OAB chegou a entrar com uma ação civil pública na Justiça Federal contra o sigilo, por considerar que a decisão afronta princípios da publicidade e transparência.
Sérgio Sahione, comandante da Coordenadoria de Operações Especiais (Core), defende o sigilo.
"Dar publicidade a isso (ao manual) pode trazer, de fato, alguma vulnerabilidade. Dar conhecimento a criminosos (do modo de agir dos policiais) em áreas conflagradas pode trazer insegurança ao operador".
Logo após a eleição, o governador Wilson Witzel (PSC) deu entrevista dizendo que "a polícia vai mirar na cabecinha... e fogo". A fala também foi alvo de críticas de defensores dos direitos humanos.
Por Gabriel Barreira, G1 Rio

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