© EBU Autoridades tiveram dificuldade para chegar ao bar em razão do mau tempo |
Os destroços
com palavras em coreano no casco chegaram à ilha de Sado, no noroeste, na sexta
(27), mas as autoridades só conseguiram chegar até ele no dia seguinte.
A polícia se as
cabeças pertenciam aos corpos encontrados, mas a mídia japonesa relatou que
eles estavam em estado avançado de decomposição, o que indica que eles estão
mortos há bastante tempo no mar.
Os chamados
"barcos fantasmas" oriundos da Coreia do Norte são encontrados com
certa frequência na costa do Japão.
Em geral eles
estão vazios ou contêm restos mortais. Durante o inverno, as condições
climáticas e a fome são as duas principais causas de morte dos tripulantes
dessas embarcações.
Autoridades
levantam ao menos duas hipóteses para esses casos. Na primeira, essas pessoas
são desertores ou espiões do regime autoritário do líder norte-coreano Kim
Jong-un.
Mas John
Nilsson-Wright, chefe do Programa sobre a Ásia na consultoria britânica Chatham
House, disse há alguns anos à BBC que, além da barreira do idioma e cultura,
"se você fosse um desertor não faria sentido ir para o Japão. A Coreia do
Sul está muito mais perto de barco".
© Reuters Em geral, embarcações oriundas da Coreia do Norte são bastante simples |
Na segunda, são
pescadores que, em razão da pobreza e da fome na Coreia do Norte, precisam
pescar cada vez mais longe de casa. Nesta época do ano, saem em busca de
caranguejos, lulas e peixes de espécies abundantes.
Normalmente o
Japão proíbe embarcações da Coreia do Norte de atracar no país. Mas o país abre
exceções em caso de embarcações que buscam abrigo de tempestades.
Em 2017,
pescadores foram encontrados em um barco à deriva e depois cobrados a voltarem
para a Coreia do Norte.
Em geral, os
barcos de madeira que chegam ao Japão são velhos e pesados. Não têm motores
bons, nem sistema de GPS.
O fato de o
aparecimento destes barcos ser relativamente comum também parece fortalecer a
tese de que eles se perderam, em detrimento da teoria de que eles levavam
desertores.
Tensões na
relação entre autoridades japonesas e norte-coreanas podem dificultar ainda
mais uma investigação completa do naufrágio encontrado nesta semana.
Em novembro, a
Coreia do Norte ameaçou o Japão com um míssil balístico e chamou o
primeiro-ministro do país vizinho, Shinzo Abe, de "imbecil" e
"anão político".
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