Vítimas de
agência de turismo fazem mutirão na delegacia de Macaé
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Grupo teve
passeio cancelado na última semana e afirma que desde então não houve mais
comunicação com agência responsável pela venda dos pacotes em Macaé (RJ).
A delegacia de
Macaé, no interior do Rio, teve um mutirão nesta terça-feira (29) para fazer os
registros de ocorrência relacionados com a suspeita de um golpe dado por uma
agência de viagens.
Na semana
passada, um grupo de pessoas teve um passeio cancelado e afirma que desde então
não houve mais comunicação com agência responsável pela venda dos pacotes.
Cerca de 100
pessoas foram à delegacia e todos estão atrás de explicações e do casal dono da
empresa.
Um das vítimas
foi Vânia Pereira, ela conta que comprou o pacote em julho, no retorno de uma
viagem que já tinha feito com a empresa.
"Uma hora
antes do embarque, nós fomos comunicados que a viagem foi cancelada por motivo
de doença, mas no fim, não postaram mais nada, não deram mais esclarecimentos.
No meu pacote iriam oito pessoas, então foi uma perda de R$ 1.200",
contou.
Os pacotes eram
vendidos a preços bem abaixo do mercado e não seguiam padrões, segundo as
denúncias. Além disso, a mesma viagem podia custar um valor para uma pessoa e
outro para outra.
Quem também
passou pelo problema foi Fátima da Silva Cruz. Ela conta que estava na porta de
casa com as malas para o lado de fora quando ficou sabendo o que aconteceu.
"Já fiz
outros passeios com eles, já tinha três viagens, fiz um passeio a Campos do
Jordão há 15 dias, jamais imaginava que iria acontecer uma situação
dessas", disse.
Os clientes não
conseguem mais contato com os donos ou funcionários da agência. Além do
dinheiro, o que também sumiu foi expectativa de quem comprou pacotes pra
viagens que ainda iam acontecer.
Fernanda
Ravalia pretendia ir para Fortaleza e agora diz que com certeza o passeio não
vai mais acontecer.
"Ela
sumiu, fechou a agência, tá devendo, não tem mais redes sociais porque apagou
tudo, pra mim ela é uma foragida, não sei se posso dizer isso, mas é uma pessoa
que não vai cumprir com o que tem pra cumprir", disse.
A empresa
divulgou uma nota em que afirma que os donos da agência não são
estelionatários, pois não possuem nenhum tipo de bem.
A agência diz
também que os donos da agência sofreram ameaças de morte, inclusive de pessoas
armadas, e que, por isso, estão escondidos em Macaé, buscando formas de se
proteger. E, ainda, que os donos tiveram a casa saqueada.
Segundo a
Polícia Civil, a 123ª Delegacia de Polícia instaurou inquérito para apurar o
fato e está registrando os casos das pessoas que foram lesadas pela empresa.
Por Fernanda Soares, RJ2 — Macaé
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