-Foto Reginaldo
Pimenta / Agencia O Dia
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PMs elogiam, mas sindicato de policiais civis
se preocupa com realocações
O projeto do governador Wilson Witzel de
acabar com o atual modelo de delegacias de polícia causa preocupação entre
policiais. O motivo é a realocação dos agentes, que acabarão sendo transferidos
de unidades. A promessa de Witzel é de acabar com ao menos 150 delegacias.
Ainda que os policiais entendam que mudanças
também são “ossos do ofício”, há um receio de serem obrigados a longos
deslocamentos. O presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol-Rio),
Marcio Garcia, faz um apelo para os gestores. Garcia lembra que, no momento da
realocação do servidor, é preciso levar em consideração o local onde os agentes
moram.
“A extinção de delegacias poderá trazer
alguns transtornos para policiais que irão ser deslocados de suas atuais
lotações, cabendo aos gestores de pessoal da Polícia Civil organizarem o
efetivo a fim de otimizá-lo para o aproveitamento o mais próximo de suas
residências, o que será produtivo para o servidor e para a instituição”,
declarou.
Os delegados também serão afetados com as
novidades anunciadas pelo governador. Por isso, a presidente do Sindicato dos
Delegados de Polícia Civil do Estado do Rio (Sindelpol-RJ), Isabelle Conti,
ressalta que as mudanças desses profissionais devem ser justificadas e “dentro
da razoabilidade”.
Isabelle pondera que, quando os delegados
prestam concurso, sabem que a Polícia Civil atua em todo o Estado do Rio. Com o
‘afunilamento’ das unidades, no entanto, será preciso fazer um trabalho de
logística sem que penalize os profissionais. “Existe lei federal que garante
que o delegado não será removido de unidade se não houver fundamento para
isso”, disse.
PMs a favor de projeto de Witzel
Policiais do 17º BPM (Ilha do Governador)
elogiaram o projeto piloto do batalhão de registrar ocorrências utilizando
tablets. Desde o fim de fevereiro, ocorrências de menor potencial ofensivo,
como injúria, danos patrimoniais e furto, são feitas pelos agentes no local da
ocorrência e não por policiais civis.
Quando a vítima liga para o 190, uma viatura
é deslocada para o local, que é registrada em um tablet, em sistema unificado
entre as duas polícias. A média de tempo do registro é de 30 minutos.
“Aumenta um pouco o nosso trabalho, mas em
compensação ganhamos tempo, já que não precisamos ficar aguardando na
delegacia. De uma forma geral, acho que fica melhor para todos, para a gente,
para o policial civil e para a população. Economiza tempo de todo mundo”,
afirmou um policial do batalhão, que pediu para não ser identificado.
Por Paloma Savedra e Thuany Dossares
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