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© Marcos
Tristão/VEJA SOB INVESTIGAÇÃO - A deputada federal
Flordelis,
em entrevista exclusiva a VEJA: “Não ganhei nada com a
morte dele”
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O ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso decidiu,
nesta quinta-feira, 1º, que o inquérito que investiga a deputada federal Flordelis(PSD-RJ)
deve ficar na primeira instância. Marido da parlamentar, o pastor Anderson do
Carmo foi assassinado, atingido por 15 tiros na garagem de sua casa, em Niterói
(RJ), no dia 16 de junho.
Em sua decisão,
Barroso afirma que o foro privilegiado aplica-se “apenas aos crimes cometidos
durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas”, mas
ressalta que, embora o crime tenha ocorrido durante o exercício do mandato
parlamentar, “os crimes como o de homicídio não têm, como regra, pertinência
com as funções exercidas por ocupante de cargo parlamentar. E não há até aqui
qualquer indicação de que teria no caso concreto”.
“Desse modo,
não restando evidenciados, ao menos nesse primeiro momento, elementos que
poderiam revelar relação de causalidade entre o crime imputado e o exercício do
cargo, acolho o pedido formulado pela Procuradoria-Geral da República para
fixar a competência do Juízo da 3ª Vara Criminal da Comarca de Niterói/RJ”, escreve
o ministro.
Reportagem de
VEJA mostrou o drama da parlamentar, que também é cantora gospel. Dois de
seus 55 filhos estão envolvidos no assassinato do marido. Eles estão presos
preventivamente. Lucas dos Santos, de 18 anos, é apontado pela Polícia Civil do
Rio de Janeiro como um dos mentores e executores do crime. Segundo
policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo
(DHNSG), o jovem teria confessado que encomendou o crime com Flávio dos Santos
Rodrigues, 38 anos, filho biológico da deputada federal. Os cachorros que
guardavam a casa estavam dopados no momento da ação, disse a polícia. Os homens
que invadiram a casa não levaram nada.
Lucas foi
preso quando prestava depoimento na DHNSG e, contra ele, havia um mandado
de apreensão por tráfico de drogas quando ainda era menor de idade. Flávio
tinha um mandado de prisão pendente por violência doméstica e foi preso durante
o sepultamento do corpo de Anderson no cemitério Memorial de Nictheroy, no
bairro Laranjal, em São Gonçalo.
André
Siqueira

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