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Uma imagem
do ano 2000 mostra policiais colombianos em uma
plantação de
coca na região de Catatumbo — Foto: Scott Daltin/AP
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Relatório da
Human Rights Watch revela série de homicídios, recrutamento forçado de crianças
e expulsão de famílias em região da Colômbia disputada por três grupos armados.
Grupos armados
têm disputado o controle de uma região no nordeste da Colômbia chamada
Catatumbo, e isso implica abusos contra os moradores da região e também
contra venezuelanos que
foram para lá para fugir da crise em seu país de origem, de acordo com um
relatório publicado pela ONG Human Rights Watch na quarta (8).
Há relatos
de assassinatos, desaparecimentos, violência sexual, recrutamento de crianças
como soldados e expulsões por três grupos armados diferentes.
Disputam o
território o Exército de Libertação Nacional (ELN), o Exército Popular de
Libertação (EPL) e um grupo que emergiu de remanescentes das Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Os venezuelanos
que chegaram à Colômbia se viram no meio desse conflito, afirma José Miguel
Vivanco, diretor da ONG. Ao menos 25 mil venezuelanos estão entre eles,
de acordo com a ONU. As crianças dos imigrantes da Venezuela têm sido
recrutadas como soldados.
O governo do
país não tem conseguido proteger os moradores da região.
Mais de 40 mil
pessoas em Catatumbo foram expulsas de suas residências desde 2017, de acordo
com estatísticas oficiais. Os grupos armados as acusam de colaborar com seus
rivais ou com o governo. Os que se recusam a aderir a uma das milícias
também precisam fugir.
Nove ativistas
de direitos humanos foram assassinados. No total, 109 civis morreram vítimas da
violência dos grupos em 2018.
Crianças de
até 12 anos foram forçadas a aderir aos grupos armados. Parte das famílias
emigrou para que seus filhos não fossem recrutados.
Os grupos
também têm instalado bombas terrestres em áreas rurais –morreram 4, e 65
ficaram feridas com elas.
A Justiça da
Colômbia não tem atuado na mesma velocidade. Entre fevereiro de 2017 e abril de
2019, havia 770 casos de assassinatos ou tentativas de homicídios, e 61
condenações.
O auxílio aos
que foram forçados a ir embora de suas casas é insuficiente, de acordo com a
ONG. Centenas de pessoas moram em abrigos temporários. Alguns deles não têm
móveis nem água encanada.
Por G1

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