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Corpo de 58ª
vítima de massacre é encontrado por peritos
em Altamira, no Pará. — Foto: Reprodução / TV
Liberal
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A vítima
ainda não foi identificada. Quinze corpos foram liberados pelo IML nesta terça,
30.
O Instituto
Médico Legal (IML) confirmou, na noite desta terça-feira (30), o aumento do
número de mortos de 57 para 58 detentos, após massacre
dentro do Centro de Recuperação Regional de Altamira, sudoeste do Pará.
O corpo foi encontrado carbonizado no início da noite por peritos sob os
escombros do presídio e ainda não foi identificado.
Quinze
corpos já foram liberados pelo IML nesta terça-feira. Os corpos
estão sendo armazenados em uma câmara frigorífica devido ao pouco espaço nas
instalações do IML no município.
Os mortos foram
identificados como Efraim Mota Ferreira, 22 anos; Luilson da Silva Sena, 35
anos; Wesley Marques Bezerra, 21 anos; Adriano Moreira de Lima, 21 anos; Ismael
Souza Veiga, 37 anos; Carlos Reis Araújo 23 anos; Jelvane de Sousa Lima, 35
anos; Josivan Irineu Gomes, 25 anos, Marcos Saboia de Lima, 28 anos; Rivaldo
Lobo dos Santos, 20 anos; Josivan Jesus Lima; Evair Oliveira Brito; Deiwson
Mendes Correa; Natanael Silva do Nascimento; Renan da Silva Souza.
Os
procedimentos de perícia foram encerrados às 18h30 e retornam às 6h30 de quarta
(31). Ainda segundo o IML, peritos odontologistas forense e uma equipe de
peritos criminais do Laboratório Genética Forense, do Instituto de
Criminalística (IC) de Belém, foram enviados, pela tarde, para a realização de
exames de DNA para a identificação dos corpos.
Na
segunda-feira (29), detentos foram assassinados durante um confronto entre
facções criminosas dentro do presídio. Líderes do Comando Classe A (CCA)
incendiaram cela onde estavam internos do Comando Vermelho (CV). No local, 41
detentos morreram asfixiados e 16 foram decapitados, segundo a Superintendência
do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe).
Nesta
terça, começaram
a ser transferidos para presídios federais oito líderes de facção que
estavam no presídio de Altamira. Outros oito estão sendo levados para ficar em
isolamento e unidades prisionais de Belém, capital paraense. Mais
30 detentos serão distribuídos por cinco outras prisões do estado.
As
transferências, que iniciaram por volta das 9h30, devem ser concluídas até
quarta-feira (31).
Governo do Pará
transfere suspeitos de massacre em presídio de Altamira
Pedido de
força-tarefa federal
O ministro da
Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, autorizou nesta terça-feira (30)
a atuação
da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) no Pará pelo
período de 30 dias. De acordo com o Ministério da Justiça, a portaria será
publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (31).
A decisão
atendeu ao pedido do governador do Pará, Helder Barbalho, que solicitou ao
menos 40 integrantes da FTIP para atuarem em atividades de guarda, vigilância e
custódia de presos. De acordo com o governo do Pará, 10 agentes devem chegar no
estado nesta terça-feira.
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| Massacre no presídio de Altamira — Foto: Arte/G1 |
Novas casas
penais
Após o massacre
e as informações divulgadas pelo relatório
do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que apontam superlotação no
presídio, o governo anunciou a ampliação das casas penais.
A conclusão do
presídio no município de Vitória do Xingu, também na região de Altamira, terá
capacidade para 306 presos adultos e 200 mulheres no regime fechado, além de
200 internos do regime semiaberto.
Segundo Helder
Barbalho, a Norte Energia, empresa responsável pela construção do presídio —
como obra de compensação ambiental da Usina Hidrelétrica de Belo Monte —
garantiu que a unidade
prisional será entregue em 60 dias.
Na manhã desta
terça-feira (30), o Ministério Público do Pará disse em nota que cobra a
conclusão de obras no presídio desde 2017. Em
setembro de 2018, uma rebelião na mesma unidade prisional deixou toda a área do
semiaberto destruída pelo fogo. Segundo o MP, a área ainda não foi
reformada.
A promotoria de
Altamira instaurou um inquérito civil para apurar a paralisação das obras do
presídio e acelerar a sua conclusão junto aos órgãos responsáveis, incluindo a
empresa Norte Energia, responsável pela construção.
Por G1 PA — Belém


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