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Equipe chega
à sede da Leão XIII, no Centrp
Foto:
Reprodução/TV Globo
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Entidade
atende população de baixa renda e oferece serviços, como exames de vista. O
governo do RJ ainda não se manifestou.
Uma operação da
Polícia Civil, da Controladoria-Geral do Estado (CGE-RJ) e do Ministério
Público do RJ prendeu nesta terça-feira (30) seis suspeitos de fraudar
licitações da Fundação Leão XIII. Duas pessoas ainda são procuradas.
A força-tarefa
que levou à Operação Catarata afirma que o prejuízo com o esquema chegou a R$
66 milhões.
A entidade,
subordinada à vice-governadoria do estado, atende a população de baixa renda e
em situação de rua, oferecendo serviços como exames de vista, cessão de pares
de óculos e cirurgias oftalmológicas.
Até as 8h10,
seis pessoas foram presas:
- André Brandão Ferreira;
- Daisy Luce Reis Couto;
- Flávio Salomão Chadud;
- Marcelle Braga Chadud;
- Marcus Vinicius Azevedo da Silva;
- Vitor Alves Silva Júnior.
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Flávio e
Marcelle Chadud foram presos nesta manhã
de
terça-feira (30) por policiais civis — Foto: Reprodução
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A Justiça
deferiu ainda 22 mandados de busca e apreensão. Um deles, nos quatro andares na
sede da fundação, no Centro do Rio.
Equipes estão
ainda em endereços em Resende e Angra dos Reis, no Sul Fluminense.
Os suspeitos
estão sendo indiciados por organização criminosa, falsidade ideológica,
peculato e fraude à licitação. A polícia solicitou ainda o bloqueio de bens dos
envolvidos.
O governo do RJ
ainda não se manifestou.
Entenda o
esquema
Os quatro
editais investigados na Operação Catarata foram para a aquisição de 560 mil
armações de óculos, 560 mil consultas oftalmológicas e 560 mil exames de
glicemia. Uma só empresa ganhou todas as licitações.
As fraudes
aconteceram entre 2015 e 2018.
Segundo as
investigações, houve simulação de concorrência. Empresas entravam na licitação
com o objetivo de dar lances falsos - normalmente muito altos -, a fim de
'direcionar' a escolha da vencedora, a Servlog Rio.
"Os
pregões eram direcionados tão-somente para que essa empresa vencesse. As demais
nem sequer tinham qualificação técnica", afirmou o promotor Cláudio Calo.
"Marido
e mulher competiam na mesma licitação, mas com empresas diferentes",
acrescentou Calo.
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Polícia
apreende dinheiro e uma arma no escritório da Servlog,
em um
shopping da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio
Foto:
Divulgação/Polícia Civil
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A polícia e o
MP querem saber agora se os serviços foram efetivamente prestados, já que o
valor total de R$ 66 milhões foram pagos.
Empresas
investigadas:
- Tercebrás Serviços Eirelli;
- Grupo Galeno Distribuidora de Material Médico
Hospitalar LTDA;
- Riomix 10 Serviços;
- Servlog Rio - apontada como a beneficiada no
esquema.
As companhias
também podem ser declaradas inidôneas e ficar proibidas de contratar com a
Administração Pública.
A Operação
Catarata é resultado de investigações do Departamento de Combate à Corrupção,
ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro da Secretaria de Estado de Polícia
Civil, da 24ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal do Ministério Público
do Rio de Janeiro e da Controladoria-Geral do Estado (CGE RJ).
Por Felipe Freire e Marco Antônio Martins, TV
Globo e G1 Rio



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