Coronel
Jairo em sessão da Comissão de Normas Internas e Proposições
Externas, no ano pasasdo. — Foto: Rafael
Wallace/Alerj/Divulgação
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Anderson
Alexandre (SD), o titular, e Coronel Jairo (SD), o reserva estão atrás das
grades. Segundo suplente virou prefeito de Niterói depois que Rodrigo Neves
também foi detido e não anunciou se vai para a Alerj.
Nesta
terça-feira (12), a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) discute a aprovação
de um projeto de lei que permitiria a posse imediata de suplentes no lugar dos
deputados presos. Em um dos casos, no entanto, nem o suplente pode assumir. O
reserva de Anderson
Alexandre (SD), preso por suspeita de corrupção e fraude em licitações,
é Coronel
Jairo (SD), que também está atrás das grades.
Coronel Jairo
era deputado estadual e foi preso no exercício do mandato na Operação
Furna da Onça. Ele é suspeito de receber uma mesada de R$ 50 mil da
organização criminosa liderada pelo ex-governador Sérgio Cabral (MDB), mas nega
com "veemência" as acusações.
Anderson, o
titular do mandato, é suspeito de receber propina de empresários em obras
públicas. O G1 pediu um posicionamento da defesa, mas não
obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Os dois
parlamentares são do Solidariedade. Em nota, o partido disse confiar na Justiça
e respeitar o "devido processo legal e a ampla defesa".
O reserva do
reserva
Com Anderson
Alexandre e Coronel Jairo de fora, a vaga deveria ser ocupada pelo atual prefeito
de Niterói, Paulo
Bagueira, que concorreu nas eleições de outubro como deputado. Ele é o
segundo suplente da coligação.
O vereador
Bagueira era presidente da Câmara Municipal de Niterói e assumiu o Executivo
após a prisão
do prefeito Rodrigo Neves, já que Niterói não tinha um vice.
Quando vereador, Bagueira foi citado em uma escuta
investigada pelo Ministério Público do Rio (MPRJ).
Nas gravações
telefônicas, ele é apontado como responsável por negociar compra de votos no
Morro do Cavalão, em 2016. Segundo o MP, "inúmeras" conversas entre
traficantes apontam para pagamentos em espécie de votos feitos por ele.
Em nota,
Bagueira não adiantou se vai assumir a vaga na Alerj e negou qualquer
irregularidade.
"Paulo
Bagueira afirma que no momento está centrado no trabalho de administrar o
município de Niterói e que qualquer decisão será tomada no momento oportuno, de
acordo com o que prevê a legislação. Bagueira ressalta que nunca foi convidado
ou convocado para prestar esclarecimentos sobre a denúncia e que não é alvo de
inquérito".
Seis
deputados a menos
Atualmente, a
Alerj trabalha com apenas 64 dos 70 deputados. Seis estão presos e três pediram
para serem
empossados mesmo detidos.
As regras da
Casa determinam que os eleitos podem tomar posse até 60 dias depois da
solenidade. Para não ficar com seis deputados a menos por esses dois meses, a
Alerj quer antecipar a convocação dos substitutos.
De acordo com o
projeto discutido nesta terça (12), os presos seriam empossados, mas
ficariam licenciados
e sem receber salários.
O que dizem
os citados
O advogado de
Coronel Jairo, André França Barreto, afirma que o cliente declara a inocência
com veemência e diz que a denúncia "se sustenta apenas na palavra de
delatores confessadamente criminosos, atuantes há mais de 30 anos no nosso
Estado".
Com um problema
no coração, diz a defesa, Coronel Jairo está impedido de exercer a atividade
parlamentar.
Por Gabriel Barreira, G1 Rio
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