© Fabio
Rodrigues Pozzebom O ex-governador do Rio de Janeiro,
Sérgio Cabral, superou 198 anos em penas
|
Procuradores da
força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro encontraram 17 mil caixas com
documentos que trazem mais informações sobre o esquema de pagamento de propinas
durante a gestão do ex-governador Sérgio Cabral (MDB).
Segundo o MP-RJ
(Ministério Público do Rio de Janeiro), as caixas estavam em 1 depósito na
Pavuna, zona norte do Rio, e pertenciam à transportadora de valores Trans
Expert, que funcionava como “banco paralelo” para movimentar o
dinheiro do esquema de corrupção.
A empresa
responsável por guardar as caixas fez contato com as autoridades, depois que a
transportadora deixou de fazer os pagamentos pelo armazenamento. Três mandados
de busca e apreensão foram autorizados pela Justiça para acesso aos documentos.
Segundo o
procurador Sérgio Pinel, foram descobertos documentos que comprovam pagamentos
de uma mensalidade do governador ao ex-secretário da Casa Civil, Régis
Fichtner, preso pela 2ª vez na última 6ª feira (15.fev.2019), acusado
de receber propinas no valor de R$ 1,5 milhão enquanto estava no comando da
Casa Civil, de 2007 a 2014.
“Um dos
documentos encontrados é 1 comprovante de pagamento ao operador financeiro de
Fichtner, coronel PM Fernando França Martins, que recebia valores em uma sala
comercial no centro da cidade. A informação da ordem de pagamento encontrada,
bate com as anotações dos doleiros, apresentadas quando fizeram a colaboração
premiada com o MPF”, informou o procurador.
Pinel disse que
os documentos confirmam informações apuradas com doleiros, em colaborações
premiadas, que deram início às investigações em junho de 2018.
Na ação, o MPF
denunciou 62 pessoas pelos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de
divisas e corrupção contra o sistema financeiro internacional, entre eles,
Sérgio Cabral. Também é acusado Dario Messer, apontado como o “doleiro
dos doleiros”, que está foragido desde a deflagração da Operação Câmbio,
Desligo.
As acusações
são baseadas nas investigações conduzidas pela operação, 1 dos desdobramentos
da Lava Jato no Rio de Janeiro.
Também foram
levadas em conta declarações e documentos apresentados por Juca Bala, apontado
como doleiro de Cabral, e por seu sócio Cláudio Barboza, conhecido como Tony.
Os 2 estão entre os denunciados, mas fizeram acordos de delação premiada.
A denúncia contém
816 páginas e cabe agora ao juiz federal Marcelo Bretas, da
7ª Vara Federal Criminal do Rio, decidir pela abertura de processo
penal, aceitando a denúncia e transformando os acusados em réus.
Poder360
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!