Engenheiros fazem vistoria da Barragem de Juturnaíba que fica entre
Silva Jardim e Araruama. Foto:
Prefeitura de Iguaba Grande/ Divulgação
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Trabalho
realizado nesta quinta-feira (14) por empresa terceirizada pela Prolagos vai
resultar em relatório atualizado sobre as condições da barragem, que fica entre
Araruama e Silva Jardim.
O Ministério
Público Federal (MPF) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) acompanharam
nesta quinta-feira (14) uma vistoria técnica para atualização dos laudos sobre
as condições da barragem de Juturnaíba, que fica entre Araruama e Silva Jardim,
no interior do Rio.
O trabalho foi
realizado por uma empresa terceirizada pela Prolagos, que vem cuidando das
inspeções na área desde 2016. O laudo faz parte de um programa de segurança de
barragens do Inea, que exige registros atualizados nesses locais. O MPF afirma
que é preciso tornar esses relatórios acessíveis ao público.
"Vou
recomendar que esses estudos sejam publicados. Arrisco dizer que o segredo é
pior porque gera uma incerteza. Já adianto que, daqui pra frente, a gente
precisa dar publicidade a esses laudos", afirmou Leandro Mitidieri,
procurador do MPF.
A ação também
foi acompanhada pelo "Movimento atingidos por barragens", que
reforçou a divulgação dos laudos.
"Se a
gente não põe a população a par do que está acontecendo, quando perceber, o mal
já estará sobre nossas cabeças", disse Silas Borges, representante do
movimento.
Barragem de Juturnaíba abastece cerca de 650 mil pessoas
na Região dos Lagos do Rio —
Foto: Priscila Dianin/Inter TV
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Durante a
vistoria, foi constatada a presença de plantas aquáticas nos reservatórios e
houve a preocupação em relação à sujeira, falta de segurança e escombros de uma
estrutura abandonada de irrigação agrícola.
Apesar da
Política Estadual de Segurança de Barragens ter sido criada em 2016, os
trabalhos de fiscalização foram intensificados após a tragédia de Brumadinho
(MG). A Assembleia
Legislativa do Rio (Alerj) criou nesta quinta uma comissão para
fiscalizar as barragens no estado.
A barragem de
Juturnaíba, assim
como outras do interior, foi classificada como de alto potencial de
dano, o que significa que, caso aja um rompimento, o dano será de grande porte.
Porém, os relatórios da empresa que fiscaliza a barragem não apontam evidências
de risco.
"Não há
evidência nenhuma de que [a barragem de Juturnaíba] esteja em risco de
colapso", explicou o engenheiro responsável pela empresa, José Renato
Cotrim.
A barragem
A barragem de
Juturnaíba foi construída em 1982 na reserva ecológica de Poço das Antas, entre
Silva Jardim e Araruama. O reservatório tem 43 quilômetros quadrados de
superfície de água e, em alguns pontos, chega a 12 metros de profundidade.
No local,
existe uma barragem para captação e distribuição de água feitas por duas
concessionárias, Prolagos e Águas de Juturnaíba. Elas atendem, ao todo, oito
municípios da Região dos Lagos. Cerca de 650 mil pessoas recebem a água da
barragem. Na alta temporada, o número de consumidores ultrapassa um milhão.
Por meio de
nota, a concessionária Águas de Juturnaíba respondeu que representantes da
empresa acompanharam os trabalhos nesta quinta e que a barragem é de
responsabilidade da Prolagos.
Por G1 e RJ2 — Região dos Lagos
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