© Ernesto
Rodrigues/Estadão Ricardo Vélez
Rodriguez é
ministro da Educação
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BRASÍLIA -
O ministro da Educação, Ricardo
Vélez Rodríguez, anunciou nesta quinta-feira, 14, que uma investigação
interna sobre atos das gestões anteriores encontrou indícios de corrupção e
desvios que poderão dar origem à “Lava
Jato da Educação”. A afirmação foi feita durante a assinatura de
um protocolo de intenções com outros órgãos de governo que vão apurar esses
supostos desvios. A pasta não deu, porém, detalhes sobre quais suspeitas foram
encontradas.
Estavam
presentes na reunião outros membros da equipe de Jair
Bolsonaro: os ministros da Justiça, Sergio
Moro, da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, e da
Advocacia Geral da União (AGU), André Mendonça. Também participou o
diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo.
Segundo o MEC,
Vélez apresentou exemplos “emblemáticos” de favorecimentos indevidos no Programa Universidade para Todos (ProUni), de
bolsas em faculdades privadas, e desvios no Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), de
bolsas para cursos técnicos. As duas iniciativas foram criadas em governos
petistas.
Um comunicado
da pasta também aponta a suspeita de concessão ilegal de bolsas de ensino a
distância, sem especificar em quais programas, e irregularidades em universidades
federais, sem dizer de qual natureza. O Estado procurou a
assessoria de imprensa de Vélez e solicitou detalhes sobre esses casos. A pasta
informou que os dados objeto da investigação são sigilosos.
O pente-fino
sobre gestões anteriores é uma das prioridades do ministro da Educação em seus
primeiros 100 dias à frente da pasta. O acordo não constava no plano de metas
divulgado em janeiro pelo governo - o único item apresentado pelo MEC era a
promessa de lançar um programa voltado para a alfabetização,
que até agora não teve nenhuma proposta apresentada.
O MEC pretende
enviar os documentos para que os ministérios possam “aprofundar investigações,
instaurar inquéritos e propor medidas judiciais cabíveis.” “Queremos apurar
todos os desvios praticados por pessoas que usaram o MEC e as suas autarquias
como instrumentos para desvios”, afirmou Vélez.
O Estado não
localizou os últimos ex-ministros das gestão Dilma
Rousseff (Aloizio Mercadante) e Michel
Temer (Rossieli Soares) para comentar a iniciativa de Vélez
Rodriguez.
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