Régis
Fichtner, ex-chefe da Casa Civil do governo Cabral, é alvo
da Lava Jato — Foto: Reprodução/ TV Globo
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Decisão é do
Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), assinada pelo desembargador
Paulo Espirito Santo.
O Tribunal
Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) negou, nesta quarta-feira (20), um pedido
de liberdade a Regis Fichtner, ex-secretário do ex-governador do Rio Sérgio
Cabral. Ele foi preso
na última sexta-feira (15) pela segunda vez na Lava Jato
fluminense.
O pedido foi
recusado em liminar pelo relator Paulo Espírito Santo e ainda será julgado pela
1ª Turma Especializada.
Fichtner foi
chefe da Casa Civil entre 2007 e 2014. De acordo com os investigadores, Regis
Fichtner movimentou muito mais dinheiro do que o R$ 1,6 milhão descoberto pela
Lava Jato no RJ inicialmente e que possibilitou a sua primeira prisão.
Nesta semana, o
Ministério Público Federal (MPF) informou ainda que o filho de Fernando França
Martins, apontado como "homem da mala" de Fichtner, foi nomeado
na Procuradoria Geral do Estado (PGE). Com isso, teria passado a ter
acesso aos dados da investigação.
Em junho de
2018, a TV Globo mostrou trechos da delação de Carlos Miranda, apontado pela
Justiça como operador de Sérgio Cabral. Nos depoimentos, Miranda revelou que o
grupo criminoso usou até helicóptero para transportar propina.
Regis estava na
lista dos que recebiam prêmios da federação das empresas de ônibus do RJ
(Fetranspor), segundo o delator. No pedido de habeas corpus, os advogados do
ex-secretário afirmam que a operação é baseada nas alegações de Miranda, mas
que estas "não são fidedignas".
O desembargador
Paulo Espírito Santo, que recusou o pedido de liberdade a Fichtner, afirma que
há fortes indícios de crime e, por isso, manteve a prisão.
"Verifico
que a gravidade concreta dos fatos – indícios de participação no maior esquema
de corrupção de que se teve notícia no Estado do Rio de Janeiro – justifica,
por ora, a prisão do paciente para garantir a ordem pública, e, em
consequência, evitar no seio da sociedade a sensação de impunidade e de
descrédito do Poder Judiciário", escreve o magistrado.
Por Arthur Guimarães, G1 Rio
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