Chanceler de
Maduro disse que deputados foram à Venezuela 'com fins conspiratórios' e que
foram avisados que não entrariam no país.
Uma delegação
de deputados do Parlamento Europeu denunciou neste domingo (17) que foram
expulsos da Venezuela sem explicação.
Os deputados
disseram que foram ao país a convite da Assembleia Nacional, o Congresso
controlado pela oposição mas que não tem poderes legislativos, e que se
reuniriam com Juan Guaidó, presidente do órgão que se autoproclamou presidente interino da Venezuela e
recebeu apoio de diversos países, inclusive europeus.
Em um vídeo
divulgado nas redes sociais, o deputado espanhol Esteban Gonzalez Pons, do
Partido Popular Europeu, aparece ao lado de três colegas denunciando que foram
expulsos.
“Confiscaram nossos passaportes e não nos
comunicaram o motivo de nossa expulsão”, afirmou. “Somos a primeira delegação
internacional que veio à Venezuela visitar o presidente interino, Juan Guaidó.
O problema não é sermos bloqueados, mas é impedir o presidente interino de se
encontrar com autoridades estrangeiras na Venezuela”, disse Pons.
Em sua conta no
Twitter, o deputado afirmou: "Confiscaram nossos passaportes e nos
expulsaram da Venezuela. Estão nos tratando mal e a única explicação que dão é
que [Nicolás] Maduro não nos quer aqui".
Guaidó reagiu
criticando o regime de Maduro: "A delegação de eurodeputados convidada à
Venezuela é expulsa por um regime isolado e cada vez mais irracional. É o
usurpador que eleva o custo do que é um fato: a transição".
O opositor
prometeu exercer um governo de transição e convocar novas eleições no país. Há
um mês, a Assembleia Nacional declarou Maduro um "usurpador" do cargo
de presidente. Eles alegam que as últimas eleições, nas quais Maduro foi reeleito para seu segundo mandato,
foram fraudulentas.
O ministro das
Relações Exteriores de Maduro, Jorge Arreaza, disse pelo Twitter que as
autoridades venezuelanas haviam avisado os deputados que não poderiam entrar no
país.
"Por vias
oficiais diplomáticas, as autoridades do governo bolivariano da Venezuela
notificaram há vários dias o grupo de eurodeputados que pretendia visitar o
país com fins conspiratórios, que não seriam admitidos e eles foram instados a
desistir e evitar outra provocação".
O regime de
Maduro tem o apoio da Rússia, da China, da Turquia, do Irã e de Cuba.
Juan
Guaidó foi reconhecido por cerca
de 50 países, entre eles Estados Unidos, Brasil e os europeus Reino
Unido, Espanha, Alemanha, França, Dinamarca, Suécia, Áustria, Holanda e
Portugal.
Por G1
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