Ambiente de
Trabalho — Foto: Reprodução GloboNews
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Estudo
revela ainda que, para 51% dos entrevistados, muitas mudanças de emprego podem
desclassificar profissional da seleção, mesmo que ele tenha fortes habilidades
e experiência.
Pesquisa
divulgada pela Robert Half, empresa de recrutamento e seleção, mostra que 64%
dos entrevistados dão preferência a candidatos jovens e com qualificações que
os tornam atualizados em sua área. Os 36% restantes preferem candidatos mais
velhos, com larga experiência, sem, no entanto, tantas atualizações na
carreira.
Outro dado da
pesquisa, feita com cinco perguntas elaboradas pelo G1, revela que
90% dos entrevistados preferem candidatos dinâmicos e inexperientes, em
contraste com os 10% que dão preferência para candidatos acomodados e
experientes.
Os dados fazem
parte da 7ª edição do Índice de Confiança Robert Half, estudo trimestral que
mapeia o sentimento dos profissionais qualificados com relação ao mercado de
trabalho atual e futuro.
Foram
entrevistados 387 profissionais empregados (com idade igual ou superior a 25
anos e formação superior), 387 desempregados e 387 profissionais responsáveis
pelo recrutamento dentro das empresas de diferentes regiões do país.
Para Maria
Sartori, diretora de recrutamento da Robert Half, os resultados da pesquisa
indicam a valorização do dinamismo e capacidade de se manter atualizado.
“Esses tributos
se tornam ainda mais relevantes com o ritmo atual dos negócios e o impacto da
tecnologia no dia a dia. Cada vez mais será necessário ter facilidade para
desaprender conceitos antigos e aprender novos com agilidade, estar atualizado
e atento às novas tecnologias e em condições de absorvê-las”, analisa.
Mudanças de
emprego podem prejudicar
A pesquisa
revela ainda que 51% consideram que um profissional com fortes habilidades
técnicas e experiência na sua área pode ser desclassificado da seleção por ter
mudado de emprego várias vezes. Para 49%, o fato de pular de emprego em emprego
não tira o candidato do páreo.
Já o longo
tempo de permanência não traz grandes consequências aos candidatos. Para 81%, o
candidato que ficou muito tempo numa empresa não acaba prejudicado na
recolocação. E para 83%, o tempo de permanência no emprego não pesa mais que a
experiência do candidato.
Para Maria
Sartori, são cada vez mais frequentes os casos de empresas que se preocupam com
candidatos que acumulam passagens curtas nas empresas.
Segundo ela, a
explicação é simples: se nos dois ou três últimos empregos o profissional não
se desenvolveu no cargo, não promoveu realizações e nem completou projetos, por
que motivo ele faria isso na empresa seguinte?
A gerente
explica que, para as organizações, a falta de estabilidade reflete em perda
tempo e dinheiro para treinar e adaptar esse profissional. Ou seja, a imagem
que fica é que, quando chega o momento de dar frutos, o profissional se cansa e
vai embora para outra oportunidade de carreira.
Por outro lado,
o fato de o profissional permanecer longos períodos em uma mesma empresa não
representaria algo negativo.
“Mas é
importante lembrar que, após um longo período em uma mesma empresa, é
importante que o profissional comprove sua evolução, aumento de
responsabilidades, desenvolvimento de novas habilidades e competências”, alerta.
Salário
menor por emprego
Outra pesquisa
da Robert Half, com perguntas feitas pelo G1, revelou que 70% dos
profissionais desempregados entrevistados não recusariam uma oportunidade se a
remuneração fosse inferior à que eles ganhavam anteriormente.
O levantamento
mostrou ainda que há restrições tanto para contratar pessoas muito qualificadas
quanto sem experiência: 53% das empresas entrevistadas deixaram de contratar um
profissional porque ele era muito qualificado para a vaga; e 73% deixaram de
contratar um profissional porque ele não tinha experiência na área. Veja por
que na reportagem.
Por Marta Cavallini, G1
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