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SAMPAIO/ESTADAO Vieira diz que governo já
monitora fake news sobre reforma.
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BRASÍLIA -
Responsável pelo atendimento de 90 milhões de brasileiros e pelo pagamento de
R$ 43 bilhões em benefícios por mês, o novo presidente do INSS, Renato Rodrigues Vieira,
alerta que o cidadão que já reúne as condições para se aposentar não deve
antecipar o pedido de forma impensada com medo da iminência da reforma da Previdência. “O cidadão não pode
comprometer o planejamento de vida de forma impensada”, diz. “Aquele que já
pode se aposentar não será atingido pela reforma da Previdência.”
Na primeira
entrevista no cargo, Vieira afirma ao Estadão/Broadcast que é
indiscutível a necessidade de revisar regras da Previdência para equilíbrio do
sistema.
Segundo ele, o
INSS será o condutor da informação sobre reforma da Previdência e o governo já
está monitorando as fake news sobre tema. “O INSS não se
comunica por meio de correntes em WhatsApp”, alerta.
Qual a
importância da reforma da Previdência para o INSS?
Cabe ao INSS
fornecer todos os subsídios técnicos necessários para que a reforma seja a mais
efetiva e sustentável possível. É indiscutível a necessidade de uma ampla
revisão paramétrica das regras previdenciárias para trazer de volta o
equilíbrio do sistema. Para 2019, temos uma arrecadação projetada de R$ 421
bilhões e pagamentos de R$ 637 bilhões, o que gerará um déficit, apenas para o
Regime Geral de Previdência Social, de R$ 216 bilhões. Isso nos impõe medidas
urgentes que viabilizem a equalização do déficit.
Qual será o
papel do INSS na discussão da reforma?
Cabe ao INSS,
assim como na MP 871 (de combate à fraude), acompanhar todo o processo,
internalizar as alterações da forma mais segura e célere possível para que os
resultados esperados sejam entregues da forma mais efetiva.
O INSS terá de
se preparar para explicar as mudanças?
Sem dúvida. O
ponto de contato da Previdência com o cidadão é o INSS. Será ele o condutor da comunicação
direta para que haja o menor impacto possível nas rotinas de atendimento.
Como vocês
estão se preparando? Em momentos de mudança, o segurado fica inseguro em
relação ao que fazer e tem muitas dúvidas.
Há uma premissa
na reforma que é a impossibilidade de alcançar direitos adquiridos. É
importante que todo o beneficiário da Previdência e todo o segurado tenha a
exata noção desse ponto. Aquele cidadão que já recebe benefício de
aposentadoria do INSS não poderá ser atingido. Assim como aquele que já reuniu
requisitos para a concessão da sua aposentadoria e fez a opção de não se
aposentar. Esse também é tratado como se já estivesse aposentado para fins de
caracterização do direito adquirido. É importante que a população esteja
consciente desse fato para que não antecipe a busca pela sua aposentadoria de
forma impensada, com receio da aposentadoria. Aquele que já pode se aposentar
não será atingido pela reforma da Previdência.
Ele pode
continuar trabalhando para contribuir mais e ter uma aposentadoria maior?
O cidadão não
pode comprometer o planejamento de vida de forma impensada por conta da
iminência da aprovação da reforma. Se ele já tem condições de se aposentar, ele
dever seguir o seu planejamento pessoal e familiar de migração para a
inatividade.
Muitos
segurados correm para se aposentar com medo da reforma e depois ficam com uma
aposentadoria mais baixa.
Depois ele se
arrepende. A decisão é muito séria e não pode mudar seu planejamento diante de
uma informação que não é verdadeira.
Como o INSS vai
trabalhar para combater “fake news”?
O governo
monitora informações falsas diariamente. A população que é mais vulnerável
recebe informações falsas, maldosas, de que determinada medida comprometerá
seus direitos. E, em razão disso, de forma compreensível e legítima, esse
segurado procura uma agência para buscar esclarecimentos. Essas fake
news geram desserviço à população atendida pelo INSS.
Na tramitação
da reforma, as “fake news” tendem a aumentar?
É importante
que a população observe os canais oficiais de comunicação. O INSS não se
comunica por meio de correntes em WhatsApp. O INSS se comunica pelo seu site
oficial, pelas suas notas oficiais. O cidadão deve duvidar, questionar uma
informação que tenha recebido fora dos canais oficiais. Se ainda assim
persistir a dúvida, busque os canais de atendimento remoto, o 135, o e-mail do
INSS e, em último caso, uma agência da Previdência para buscar informações. Mas
evite o compartilhamento de informações falsas.
Idiana
Tomazelli e Adriana Fernandes
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