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alliance/dpa/TASS Em 2008, a Rússia também enviou
aviões
militares para a Venezuela durante a Guerra da Geórgia
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A Rússia enviou
dois bombardeios Tu-160 – que tem capacidade de transportar armas nucleares –
um avião de transporte An-124 e um avião de passageiros Il-62 para participar
de manobras militares na Venezuela. Algumas dessas aeronaves foram usadas em
operações na Síria.
O ministro da
Defesa do país sul-americano, Vladimir Padrino, afirmou que as manobras vão
ajudar a proteger o país de um eventual ataque.
"Estamos
nos preparando para defender a Venezuela até o último palmo de terra quando for
necessário, e faremos isso com nossos amigos, porque temos amigos no
mundo", disse Padrino em pronunciamento transmitido pela rede de televisão
VTV, ao receber uma delegação militar russa.
Padrino ainda
afirmou que "ninguém no mundo" deve temer pela presença das aeronaves
em Caracas, alegando que a Venezuela e a Rússia são "construtores da paz,
e não da guerra".
Não foi
informado, entretanto, se as manobras conjuntas começarão imediatamente.
Padrino também
disse que a Venezuela espera "nesta mesma semana" pela chegada de uma
delegação técnico-militar "para melhorar e adequar o que tiver que ser
adequado no preparo operacional do sistema de armas de fabricação russa"
que possui.
O anúncio de manobras
ocorre uma semana depois de uma visita do presidente venezuelano, Nicolás
Maduro, ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, na qual, os dois fecharam acordos de investimentose contratos para a
reparação e manutenção de armas. No domingo, Maduro denunciou que Washington –
que o chama de "ditador” – colocou em andamento um plano para derrubá-lo,
com o apoio da Colômbia.
Em 2008, a
Rússia também enviou aviões militares para a Venezuela durante a Guerra da
Geórgia, em mais um episódio de tensão entre Moscou e Washington.
A Venezuela
costuma se referir à Rússia, que lhe fornece armas, tecnologia e outros
recursos, como um "aliado estratégico" de sua política multilateral.
Depois do
anúncio do envio das aeronaves russas, o coronel Robert Manning, porta-voz do
Departamento de Defesa dos Estados Unidos, criticou com veemência a medida e
citou o envio de navio-hospital à região como exemplo do compromisso de
Washington com a região.
"O enfoque
dos EUA sobre a região difere do enfoque da Rússia. No meio da tragédia, a
Rússia envia bombardeiros à Venezuela e nós mandamos um navio-hospital",
declarou Manning durante uma entrevista coletiva realizada hoje no Pentágono.
O militar se
referia com estas palavras ao USNS Comfort, que partiu em meados de outubro
rumo à América Central e à América do Sul para oferecer ajuda sanitária aos
milhares de refugiados venezuelanos amparados por diversos países da região.
"Enquanto
nós oferecemos ajuda humanitária, a Rússia envia bombardeiros", lamentou
Manning.
Manning pediu
ao governo do presidente Maduro para "concentrar-se em oferecer ajuda
humanitária para aliviar o sofrimento da sua gente", ao invés de aceitar
ajuda militar do Kremlin.
"O mais
importante aqui é que nós estamos do lado do povo da Venezuela durante um
momento de necessidade e isso é o que o USNS Comfort simboliza", destacou.
De acordo com
os dados divulgados hoje pela Defesa dos EUA, desde que iniciou sua missão, há
oito semanas, a equipe médica do navio-hospital ofereceu tratamento médico a
mais de 20. milcivis e executou 600 operações.
A tripulação do
Comfort inclui mais de 200 médicos, enfermeiras e técnicos militares americanos,
assim como 60 voluntários profissionais médicos e dentistas de ONGs.
O USNS Comfort,
atualmente em Honduras, conta com mais de mil camas, uma dúzia de salas de
cirurgia, serviços radiológicos digitais, um laboratório, farmácia e um banco
de sangue com 5.000 unidades, assim como com um heliporto habilitado para
aeronaves de grande tamanho.
dw.com
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