© Nelson
Almeida Vista do escritório da construtora
Odebrecht, em São Paulo (SP) – 04/12/2018
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As autoridades
do Peru e a Odebrecht assinaram neste sábado,
8, um acordo de colaboração que permitirá que a construtora ofereça informações
nas investigações de casos de corrupção realizadas pelo Ministério Público
peruano, informaram meios de comunicação locais.
O site do
jornal El Comercio afirmou que o acordo foi assinado por
funcionários do Ministério Público e da Promotoria do Peru com representantes
da construtora brasileira. Entre seus compromissos está a entrega de informação
da empresa sobre o pagamento de subornos a funcionários peruanos.
O jornal
detalhou que o procurador Jorge Ramírez foi o último a assinar o acordo, que já
tinha sido aceito pelo promotor Rafael Vela, coordenador da Equipe Especial do
Caso Lava Jato, e por Mauricio Cruz, representante da Odebrecht no Peru.
O acordo
permitirá a entrega de documentos dos servidores My Web Day e Drousys,
empregados pelo Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht, que se
encarregou da coordenação do pagamento de subornos a funcionários e repasses a
campanhas políticas.
Por sua parte,
o jornal La República afirmou que a reunião entre os
representantes das partes negociadoras terminou durante a madrugada deste
sábado.
Além disso,
indicou que, a partir deste acordo, nas próximas semanas o promotor Pérez
viajará ao Brasil para ampliar o interrogatório com o ex-representante da
Odebrecht, Jorge Barata, sobre as investigações de lavagem de dinheiro contra o
ex-presidente Alan García e a líder opositora Keiko Fujimori.
Já o jornal
econômico Gestión acrescentou que o documento do acordo de
colaboração tem mais de 150 páginas e nele a empresa admite o pagamento de
subornos para adjudicar sete contratos de cinco obras.
A publicação
especializada destacou também que outro ponto chave do acordo foi o montante da
reparação civil que a Odebrecht se compromete a pagar ao Estado peruano, cujo
valor ainda se desconhece.
Por causa do
escândalo de subornos da Odebrecht no Peru, a promotoria de lavagem de dinheiro
investiga atualmente os ex-presidentes Alejandro Toledo (2001-2006), Alan
García (1985-1990, 2006-2011), Ollanta Humala (2011-2016) e Pedro Pablo
Kuczynski (2016-2018), além da ex-candidata presidencial e líder opositora
Keiko Fujimori, que está presa preventivamente.
(Com EFE)
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