Ao todo,
sete investigados estão presos; atual fase investiga o suposto pagamento de US$
31 milhões – R$ 119 milhões – em propinas a funcionários da Petrobras.
O
ex-funcionário da Petrobras Carlos Roberto Martins Barbosa, que teve um mandado
de prisão expedido na 57ª
fase da Operação Lava Jato e que estava hospitalizado, foi detido
nesta segunda-feira (10), no Rio de Janeiro.
Além dele,
outros seis investigados já tinham sido detidos no dia da operação, na
quarta-feira (5), e quatro estão no exterior. Três deles foram colocados na
lista de procurados da Interpol.
A atual fase,
batizada de "Sem Limites", investiga
o suposto pagamento de US$ 31 milhões – R$ 119 milhões – em propinas a
funcionários da Petrobras por empresas que atuam na compra e venda de petróleo
e derivados – atividade conhecida como trading.
As operações de
trading de óleos combustíveis e derivados eram de responsabilidade da diretoria
de Abastecimento da Petrobras, especificamente da gerência executiva de
Marketing e Comercialização. O delegado da PF Filipe Hille Pace afirmou que
esta foi a primeira vez que a Lava Jato atingiu um “braço comercial” da
Petrobras.
A diretoria de
Abastecimento da Petrobras, que foi comandada por Paulo Roberto Costa, era
responsável pelo setor onde foram identificados os crimes investigados nessa
fase.
A força-tarefa
da Lava Jato vai apurar se o ex-executivo da Petrobras Paulo Roberto Costa, um
dos primeiros delatores da operação, omitiu esses fatos das autoridades. Ele
cumpre pena atualmente em regime aberto.
Como
funcionava o esquema
De acordo com a
PF, a atividade criminosa permitia que as empresas conseguissem ganhos acima
dos praticados pelo mercado. Também foram identificados indícios de
irregularidades no aluguel de tanques de armazenagem da Petrobras pelas
empresas investigadas, e no afretamento de navios.
Os pagamentos
de propina ocorreram entre 2009 e meados de 2014, segundo o Ministério Público
Federal (MPF). Os investigadores afirmam não descartar que o esquema continue
até hoje.
Entre as
empresas investigadas estão Vitol, Trafigura e Glencore. Juntas, elas seriam
responsáveis por US$ 15 milhões em propinas. Os pagamentos estão relacionados a
mais de 160 operações de compra e venda de derivados de petróleo e aluguel de
tanques para estocagem.
Segundo o MPF,
as provas mostram um esquema em que as empresas investigadas pagavam propina
para ter mais facilidades nos negócios, como preços mais vantajosos e contratos
mais frequentes.
Por G1 PR
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