Wilson
Witzel e Eduardo Paes — Foto: ROMMEL PINTO/FUTURA
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Ex-juiz federal,
candidato do PSC, surpreendeu com 41,28% dos votos, mais que o dobro do
ex-prefeito e candidato do DEM (19,56%), que liderou pesquisas durante a
campanha.
Os candidatos Wilson
Witzel (PSC) e Eduardo Paes (DEM)
vão disputar o segundo turno na corrida para ver quem será o governador do Rio
de Janeiro pelos próximos quatro anos.
Com 100% dos
votos apurados, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, Witzel teve 3.154.771
(41,28%) dos votos válidos e Paes, 1.494.831 votos (19,56%). Tarcísio Motta
(PSOL) foi o terceiro colocado, com 819.248 (10,72%).
- Veja o resultado da apuração: em
todo o estado; por cidade; por zona
eleitoral
Votos brancos
(5,70%) e nulos (12,72%) somaram 1.745.216 votos. Houve ainda 2.926.758
abstenções (23,60%). Somados brancos, nulos e abstenções, chega-se a 4.671.974
votos, pouco menos que os dois candidatos juntos (4.649.602).
De 1% nas
pesquisas para 41% na votação
Witzel
conseguiu uma vitória supreendente para quem começou as pesquisas, em agosto,
com apenas 1% das intenções de voto.
Até sábado (6),
as pesquisas indicavam que Romário, do Podemos, iria para o segundo turno. O
Ibope indicava Paes com 32%, Romário, 20%, Indio e Witzel, 12%. Já o Datafolha
indicava Paes com 27%; Romário e Witzel com 17%.
Declarações
Em entrevista
coletiva após o resultado, Witzel citou o "alinhamento de
ideias" ao falar sobre propostas do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).
"Tenho certeza que vamos consolidar essa vitória no fim do segundo turno",
afirmou o candidato, que considera o resultado uma "resposta clara da
população pela renovação".
Eduardo
Paes também
conversou com jornalistas. Questionado sobre o fato de Wilson Witzel
ter obtido mais que o dobro de seus votos, Paes afirmou que deixa a análise
para os analistas. "O eleitor se manifestou, eu respeito", disse o
ex-prefeito do Rio.
Perfis
Wilson Witzel
tem 50 anos. Nasceu em Jundiaí, São Paulo. É doutorando em ciência política,
mestre em processo civil e professor universitário. Witzel é casado e pai de
quatro filhos. Já foi fuzileiro naval, defensor público e também juiz federal
por 17 anos.
Eduardo Paes é
carioca e tem 48 anos. Foi vereador, deputado federal e prefeito do Rio por
dois mandatos, de 2009 a 2017. Ao deixar a Prefeitura do Rio, foi consultor no
BID e vice-presidente da América Latina da china BYD, fabricante de veículos
elétricos. Candidatou-se ao governo pela segunda vez.
Witzel começou
a corrida eleitoral com apenas 1% na primeira pesquisa Datafolha, de 22 de
agosto. Já Eduardo Paes (DEM) começou liderando a campanha em empate técnico,
com dois pontos percentuais de diferença (18% x 16%) para Romário — a margem de
erro era de 3%.
Ao longo da
campanha, Romário oscilou para baixo e, na briga pelo segundo lugar, chegou a
registrar um empate técnico com Garotinho. O candidato do PRP, no entanto, teve
a candidatura indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que confirmou
decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O ex-governador foi obrigado a
interromper os atos de campanha.
Com a oscilação
de Romário e o indeferimento de Garotinho, Witzel, Indio (PSD) e Tarcísio Motta
(PSOL) intensificaram a disputa pela terceira via. O candidato do PSC deu os
sinais mais fortes de que poderia surpreender apenas no sábado (6), na pesquisa
Datafolha que o apontou empatado com Romário em segundo lugar, com 17%, contra
27 de Paes.
Durante a campanha,
Paes tentou descolar a imagem de figuras do MDB, partido pelo qual se elegeu
prefeito duas vezes. Já Witzel deixava claro seu apoio ao candidato líder nas
pesquisas para a Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL).
Propostas
Durante a
campanha, Witzel propôs acabar com a secretaria de Segurança e criar um
gabinete integrado entre as polícias civil e militar e o governador. O ex-juiz
federal criticou a intervenção federal por acreditar que as forças armadas
devem patrulhar as fronteiras, não as cidades. Ele diz que, se eleito, vai
autorizar a “abater” qualquer pessoa portando um fuzil.
Witzel também
prometeu, em seu primeiro dia de governo, renegociar a dívida do estado,
inclusive propondo o pagamento das dívidas em 100 anos.
Já Paes
prometeu criar o Cegonha Fluminense, inspirado no Cegonha Carioca. Ele também
afirmou que vai melhorar o atendimento do Rio Imagem, abrindo unidades no
interior, e levar clínicas da família para todo o estado.
O ex-prefeito
do Rio também defendeu a permanência das Forças Armadas no Rio, mas sob o
comando do governador. De acordo com ele, a primeira medida será procurar o
presidente da República para negociar a atuação do Exército.
Por G1 Rio
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